40 anos: Conselho de Radiologia explica procedimentos para o rastreio do câncer de mama
No último mês de abril, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) modificou os requisitos de mamografia do Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica, com vista a prevenção ao tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil: o câncer de mama.
Agora, para receber a certificação, os planos de saúde terão que garantir a mamografia para pessoas a partir dos 40 e até os 74 anos. A cada dois anos, os planos terão ainda de convocar todas as suas usuárias, na faixa etária dos 50 aos 69 anos, para a realização do exame.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia do RN e PB (CRTR16), Fontaine Araújo, a decisão da ANS, formalizada em conjunto com entidades como o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), é salutar e segue as boas práticas de saúde atuais. “Foi uma tomada de decisão muito importante e que visa a prevenção deste tipo tão comum de câncer. Com essa nova diretriz, teremos boas respostas nos tratamentos médicos e na recuperação das mulheres acometidas pelo câncer”, explicou Fontaine Araújo.
O presidente do CRTR16 ressaltou que a Agência de Saúde Suplementar informou que os requisitos se referem apenas ao programa de certificação e não tem relação com o chamado rol obrigatório, que é a relação de todos os procedimentos que os planos de saúde são obrigados a custear. “O rol atual prevê cobertura obrigatória de mamografia bilateral sempre que houver necessidade e mamografia digital de rastreio para todas as mulheres de 40 a 69 anos”, explicou Fontaine Araújo.
Proporção
Inicialmente, nos critérios relativos ao câncer de mama, a ANS seguia as recomendações do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que preconizam mamografia de rastreio a cada dois anos, dos 50 aos 69 anos.
As entidades protestaram, argumentando que boa parte dos casos de câncer atingem mulheres com menos de 50 anos, e que essa proporção vem crescendo.
Já o Inca afirma que o rastreamento populacional em mulheres mais jovens é menos eficiente, principalmente por causa da alta densidade das mamas, o que pode gerar falsos positivos, que precisarão ser descartados em outros procedimentos. Como as evidências científicas não apontam aumento de sobrevida com a extensão da faixa etária, o instituto mantém a sua recomendação atual.
O que é o câncer de mama
O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Existem vários tipos de câncer de mama, alguns se desenvolvem rapidamente, enquanto outros crescem mais lentamente. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.
Fatores de risco do câncer de mama
Os principais fatores de risco para o câncer de mama incluem idade (o risco aumenta com o envelhecimento), fatores genéticos/hereditários, fatores endócrinos e reprodutivos (como menarca precoce, menopausa tardia, primeira gravidez após os 30 anos), e fatores comportamentais/ambientais (como obesidade, sedentarismo, consumo de álcool e exposição à radiação ionizante).
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