O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou a divulgação do relatório do Ministério da Defesa sobre a fiscalização feita por militares do primeiro turno das eleições. O motivo, conta Malu Gaspar, foi que o documento aponta que não houve fraudes nas urnas eletrônicas, contrariando uma das obsessões do presidente. O relatório não foi divulgado ao público, mas um resumo foi apresentado informalmente ontem a Bolsonaro pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O presidente determinou que fosse feito um “relatório completo” englobando o segundo turno, alegando que a ausência de fraudes em um turno não descartava a possibilidade em outro, afirmando que os militares deveriam se esforçar mais. As Forças Armadas analisaram uma amostra de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos, sugerido pelos próprios militares.
E o presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, determinou que o Ministério da Defesa encaminhe à Corte uma cópia das conclusões sobre a fiscalização das urnas. A decisão atendeu a um pedido do subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado. Segundo este, “a segurança do Estado sairá fortalecida com a divulgação de tais informações”.
Fonte: G1