Até o dia 10 de março, a exposição composta por cerca de 35 obras de artistas clássicos e contemporâneos destaca a importância estética desse importante fruto, além de ser um verdadeiro convite à contemplação.
A Pinacoteca Potiguar, mantida pelo Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Fundação José Augusto, está com duas exposições coletivas em cartaz, que reúnem obras clássicas e contemporâneas de artistas do Rio Grande do Norte. “Caju” e “Sou Definida Pelo Que Não Sei” foram lançadas em dezembro de 2023 e permanecerão abertas à visitação até o dia 10 de março, de terça a sexta, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos das 9h às 16h. A entrada é gratuita.
“O retorno às aulas e à normalidade da vida cotidiana pós-carnaval é o momento ideal para que as pessoas adquiram ou retomem o hábito de frequentar ambientes culturais, como é o caso do Palácio da Cultura, prédio histórico situado no centro de Natal, que abriga a Pinacoteca Potiguar”, sugeriu Gilson Matias, presidente da FJA. Ele se refere à instituição que reúne o acervo de obras de arte pertencentes ao Governo do Estado, e apoia a realização de exposições e outros eventos culturais.
Caju é uma exposição coletiva que conta com a realização da Editora da UFRN e a Pinacoteca, reunindo obras de artistas clássicos, tais como Dorian Gray, Newton Navarro, Maria do Santíssimo e Rossini Perez, e contemporâneos como Ângela Almeida, Márcia Bessa, Max Pereira, entre outros artistas potiguares. As obras valorizam o caju de diferentes formas e texturas, fruto que faz parte não só da culinária, mas também da paisagem e do turismo local.
Segundo o designer gráfico Rafael Campos, um dos responsáveis pela organização, idealização e materialização da exposição, o caju está presente no cotidiano da população potiguar e nordestina, mas nem sempre é pensado como um algo importante para a formação da nossa cultura. “Normalmente não paramos para refletir na importância histórica que ele tem, na importância simbólica do caju, na importância econômica para o nosso estado. Então, essa exposição tem como objetivo trazer o caju na sua complexidade histórica, antropológica, cultural e principalmente artística. São muitas manifestações estéticas a partir do caju de grandes artistas, nomes que fazem parte da história da arte do Rio Grande do Norte e artistas contemporâneos que estão criando arte nesse momento”, explicou.
A mostra, que conta também com a curadoria da artista plástica, pesquisadora, professora universitária e escritora Ângela Almeida, e do artista e gestor do Palácio da Cultura, João Natal, reúne obras do acervo da Pinacoteca do RN e de acervos de particulares, como é o caso do colecionador Manoel Onofre Júnior, bem como trabalhos de artistas convidados. Em paralelo à exposição, está sendo realizado aos sábados uma programação cultural denominada de “Diálogos sobre o caju”.
A iniciativa consiste em conversas com convidados, abertas ao público em geral, de modo a dialogar sobre a presença do caju em distintas áreas do conhecimento, como a literatura, a ecologia, a economia, a nutrição, o direito, o turismo, a publicidade etc. Esses diálogos têm ocorrido desde janeiro e seguem até meados de março de 2024, a partir das 10h30, no Salão Nobre da Pinacoteca (pavimento superior). O próximo está marcado para o dia 24 de fevereiro, com o tema “Fazer Moda: Empreendendo a Sombra do Cajueiro”, com Marcos Paulo, Rafaela Fagundes e Wilza Santos.
Após encerrar o prazo de exposição na Pinacoteca, Caju seguirá em itinerância para a Galeria Sol da Meia Noite, em São Miguel do Gostoso, município situado no litoral Norte potiguar, ainda no primeiro semestre de 2024.
Mais Mulheres Na Cultura
A outra exposição em cartaz é “Sou Definida Pelo Que Não Sei”, uma iniciativa do projeto Mais Mulheres na Cultura, que conta com financiamento do Governo do Estado via emenda da deputada estadual Isolda Dantas. Composta por obras de 30 mulheres artistas, algumas que fazem parte do acervo da Pinacoteca e outras artistas convidadas, dá espaço para diversas linguagens artísticas, como esculturas, fotografias, pinturas e colagens.
Fotos: Cynthia Campos/Ascom/FJa e Arquivo Editora UFRN