Economia

Lula anuncia política de reajuste do salário mínimo e isenção de IR

Governo enviará projeto que estabelece reajuste acima da inflação

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou, neste domingo (30), que vai enviar ao Congresso Nacional, nos próximos dias, um projeto de lei (PL) que, se aprovado, tornará obrigatório o reajuste do salário mínimo acima da inflação. Lula também se comprometeu a, até o fim de seu atual mandato, em 2026, aprovar a isenção do pagamento do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

“Nos próximos dias, encaminharei ao Congresso Nacional um projeto de lei para que esta conquista seja permanente e o salário mínimo volte a ser reajustado todos os anos acima da inflação”, antecipou Lula ao fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, por ocasião do Dia do Trabalhador, nesta segunda-feira (1º).

Segundo o presidente, a “valorização do salário mínimo” é parte do projeto de governo, que busca “recompor as conquistas perdidas pelos trabalhadores e trabalhadoras” ao longo dos últimos anos. “A partir de amanhã, o salário mínimo passa a valer R$ 1.320,00 para trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas. É um aumento pequeno, mas real”, reconheceu Lula ao ponderar que, nos últimos seis anos, o reajuste do valor salário mínimo sempre ficou abaixo da inflação acumulada.

Fim do congelamento

Lula também comentou a medida que eleva, a partir de maio, a faixa de isenção do Imposto de Renda cobrado de trabalhadores formais – uma promessa de campanha do presidente. A correção da tabela já tinha sido anunciada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

“Estamos mudando a faixa de isenção do Imposto de Renda, que há oito anos estava congelada em R$ 1.903,98. A partir de agora, até R$ 2.640,00 por mês não pagará mais nenhum centavo de imposto”, pontuou Lula ao classificar esta como “outra medida muito importante”.

“E até o final do meu mandato, a isenção valerá para até R$ 5 mil por mês”, acrescentou Lula, voltando a se comprometer com a elevação gradual da faixa de isenção que, segundo o governo federal, passará a vigorar já a partir de maio por meio da combinação de duas medidas.

Além de, na prática, elevar a faixa de isenção dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.112, o governo concederá um desconto de R$ 528 sobre o imposto pago na fonte, que é retido automaticamente, todos os meses. A soma dos dois valores totaliza os R$ 2.640,00 anunciados – cifra que equivale a dois salários mínimos de R$ 1.320.

Trabalhadores

“Não haverá reconstrução do Brasil sem a valorização dos trabalhadores e das trabalhadoras. O Brasil vai voltar a crescer com inclusão social e com novos empregos sendo criados. Podem estar certos de que o esforço de seu trabalho vai ser cada vez mais reconhecido e recompensado. E o 1º de Maio, que sempre foi um dia de luta, voltará a ser um dia de conquista para o povo trabalhador”, disse Lula, ao defender a política de valorização do salário mínimo como um “grande instrumento de transformação social”.

“Foi graças a isso que [nos governos petistas, entre 2003 e 2016], milhões de brasileiros e brasileiras saíram da extrema pobreza, abrindo caminho para uma vida melhor. É preciso lembrar que a valorização do salário mínimo não é essencial apenas para quem o ganha. Com mais dinheiro em circulação, as vendas do comércio aumentam. A indústria produz mais. A roda da economia volta a girar e novos empregos são criados.”

Fonte: Agência Brasil

Foto: José Cruz

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Governo do RN participa da posse de Dilma Rousseff na presidência do BRISC agenda oficial na China nesta quinta-feira (13)

O novo Banco é uma instituição de desenvolvimento multilateral, operado pelos países do BRICS (grupo formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul)

Abrindo a agenda em Xangai, a governadora Fátima Bezerra, participou nesta quinta (13) da posse de Dilma Rousseff na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento, também chamado Banco do BRICS. O Novo Banco é uma instituição de desenvolvimento multilateral, operado pelos países do BRICS (grupo formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul) com o objetivo de apoiar projetos em países em desenvolvimento. O BRICS foi fundado em 2009, com sede em Xangai e escritórios no Brasil (SP), na Rússia e na Índia.

A governadora do Rio Grande do Norte integra a comitiva do governo federal, a convite do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda quinta-feira (13), a governadora participa de reuniões empresariais com a China Communications Construction Company (CCCC), a State Grid e a BYD. O principal objetivo é atrair investimentos na área de energias renováveis e para o Porto Indústria Verde do RN.

A China Communications Construction Company (CCCC) é uma empresa chinesa de construção e engenharia, com sede em Pequim. Opera em uma variedade de áreas, incluindo infraestrutura, transporte, desenvolvimento imobiliário, energia e serviços ambientais. Tem em seu portfólio a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e a Ferrovia Trans-Quênia. A State Grid destaca-se na transmissão de energia, e está presente no Brasil em 14 estados. Já a BYD é uma grande empresa chinesa que aposta na combinação de energia limpa e sustentabilidade, sendo a maior fabricante de baterias recarregáveis e de veículos elétricos do mundo.

A comitiva potiguar tem compromissos marcados até o dia 19. Durante a viagem ao país oriental, Fátima Bezerra buscará aprofundar as relações bilaterais entre o Rio Grande do Norte e o país asiático, especialmente no que diz respeito à área de energias renováveis, além de mineração, agricultura familiar e infraestrutura portuária. Um dos objetivos da agenda desta quinta-feira (13), além de estreitar relações com as províncias locais, é atrair investimentos para o Porto Indústria Verde do RN.

Fotos: Daniel Cabral

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Brasil fechará pelo menos 20 acordos em viagem de Lula à China

Presidente visita Pequim e Xangai de 26 a 31 de março

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, nesta sexta-feira (17), que pelo menos 20 acordos comerciais serão assinados durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China no final deste mês. Será a primeira viagem de Lula a um país asiático após assumir seu terceiro mandato.

Segundo o Itamaraty, a viagem de Lula e da comitiva brasileira, formada por ministros e parlamentares, será realizada entre os dias 26 e 31 deste mês. Lula visitará Pequim e Xangai, e se reunirá com o presidente chinês Xi Jinping. A agenda do presidente ainda está sendo fechada pelo Palácio do Planalto.

De acordo com o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, embaixador Eduardo Paes Saboia, o número de acordos bilaterais ainda pode aumentar. Entre os acordos, está a utilização de um satélite capaz de monitorar as florestas mesmo com grande presença de nuvens.

“Muitos acordos estão sendo negociados, temos 20 fechados, mas esse número pode aumentar ao longo dos próximos dias. Nós temos protocolos sanitários, uma série de produtos agrícolas, acordos na área de educação, cultura, finanças, indústria, ciência e tecnologia”, informou.

O Itamaraty confirmou que a delegação brasileira também vai participar um seminário com a presença de aproximadamente 200 empresários brasileiros de vários setores. Somente do setor do agronegócio, 90 empresários estão confirmados.

A viagem à China é a terceira internacional de Lula após a posse no cargo. O presidente já foi à Argentina e aos Estados Unidos.

Fonte: Agência Brasil
Foto: Rodrigues Pozzebom

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Governadora assina memorando em Portugal para implantação da indústria verde no RN

O memorando foi assinado com a empresa Enerfin, que já investe no RN e agora deseja participar da construção Porto Indústria Verde em Caiçara do Norte

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, assinou na tarde desta terça-feira (28) o memorando de entendimento com a empresa Enerfin para instalação do projeto piloto de produção de hidrogênio verde e energias associadas no estado. O ato de assinatura ocorreu em Lisboa, Portugal, onde se encontra a governadora, para uma série de compromissos.

Para Fátima, a iniciativa de hoje é um ato histórico para o desenvolvimento sustentável e inclusivo das atividades e econômicas no RN. “Este é um momento muito importante, dado o trabalho que o RN vem realizando no que diz respeito à instalação do nosso Porto Indústria Verde, associado exatamente ao nosso programa estadual de produção de hidrogênio”, disse Fátima.

Recentemente o governo elaborou os estudos de viabilidade técnica, que apontam o município de Caiçara do Norte como o local ideal para a implantação do Porto Indústria Verde. O equipamento vai funcionar como base para a produção de equipamentos e energias renováveis no mar – offshore – e exportação de hidrogênio e amônia verdes.

Diretores da Enerfin também participaram da reunião de Lisboa. A empresa já investe no RN e durante a reunião os gestores gostaram do que ouviram da comitiva potiguar, uma vez que ficou clara a real intenção do estado em continuar investindo na energia sustentável. “Para nós, que atuamos nesse ramo da energia renovável, a aplicação do capital intensivo é a nossa atividade e para isso é essencial a previsibilidade dos processos para que a gente possa obviamente aprovar este alto investimento”, frisou Felipe Ostermayer, diretor no Brasil da Enerfín.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado ressaltou a parceria existente entre a Enerfin e o Governo do RN, o que confere segurança e tranquilidade para o lançamento da nova grande empreitada. “É uma empresa que tem tecnologia, porte e vontade de investir mais no RN”, disse Jaime. “Com esta parceria nós teremos cada vez mais troca de conhecimento, informação, além da capacidade para desenvolver projetos que sejam sustentáveis, que tenham viabilidade econômica e financeira, para atender ao mercado de hidrogênio”, complementou Hugo Fonseca, coordenador de Desenvolvimento Energético do Estado.

Ainda durante a reunião, o diretor de Novos Negócios da Enerfin para América Latina, Marco Antonio Morales, disse que todos da direção estão felizes por terem decidido investir no Rio Grande do Norte. “Temos a firme intenção de continuar investindo no RN e muito orgulho de participar deste belíssimo projeto.”

O Porto Indústria Verde foi projetado para servir como apoio à indústria das energias renováveis, fabricação e montagem de equipamentos e exportação. O Rio Grande do Norte tem condições privilegiadas e o menor custo do mundo para produção de energia limpa.

Foto Guia Dantas

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Haddad: governo criará grupo sobre transparência de preços da Petrobras

Ministro da Fazenda anunciou reoneração no preço da gasolina e do etanol. Haddad afirmou que medidas valem a partir de quarta-feira (1º/3)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (28/2), que o governo federal está montando um grupo de trabalho interministerial para discutir a transparência da política de preços da Petrobras. A equipe será composta por membros da Casa Civil e dos ministérios de Minas e Energia, da Fazenda e do Planejamento.

“Não estamos tendo sucesso, até aqui, em dar maior transparência à tomada de decisão da empresa em relação a esse tópico [política de preços da estatal]”, afirmou o ministro.

Haddad citou, como exemplo, estimativas de técnicos da pasta de que “o preço dos gás está bastante acima do PPI [política de paridade de preços internacionais], nós vamos checar isso”.

A política de preços da Petrobras é atrelada aos valores praticados pelo mercado internacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um crítico da medida. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a pasta agirá de forma “vigorosa e contundente” no tema da transparência dos valores.

Fonte: Metrópoles

Foto: Igo Estrela

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Puxados por melões, melancias e peixes, produtos do agronegócio responderam por 34,5% das exportações do RN em 2022

Os dados constam da versão preliminar de um estudo feito pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Sape)

Capitaneadas por melões, melancias e pescados, as exportações oriundas do Agronegócio potiguar representaram mais de um terço do total exportado pelo RN em 2022. Dos US$ 736,8 milhões enviados ao exterior no ano passado pelo estado, nada menos US$ 254,1 milhões (34,5%) foram oriundos do campo, em mais uma prova inequívoca da importância deste setor para a economia norte-rio-grandense.

Se excetuarmos o petróleo bruto (líder absoluto da pauta, com mais de US$ 330 milhões exportados em 2022, equivalentes a 44,7% da pauta total), a relevância do setor agropecuário dispara e o setor passa a representar 62,5% das exportações do RN.

Entre os itens que mais se destacam na chamada “Pauta de Exportações do Agronegócio”, temos o melão, com US$ 97,6 milhões exportados (13,2% do total); a melancia, com cerca de US$ 44 milhões (5,97%); e os peixes em geral, com US$ 26,2 milhões (3,56%).

A pauta do agronegócio do Rio Grande do Norte também se destaca no cenário nordestino. Quando tomamos apenas as exportações de frutas e pescados, o estado ocupa o segundo lugar da região em exportações efetivadas no ano passado, com US$ 177,3 milhões atrás apenas do Ceará (que emplacou US$ 181,3 milhões) e à frente de estados como Bahia e Pernambuco.

Vale, ainda, destacar que os principais produtos do agronegócio potiguar vêm crescendo seus volumes exportados ao longo dos anos. A melancia, por exemplo, cresceu em 4 anos 193%, é o caso também dos peixes, que tiveram um incremento de 116,5%. Mas o maior aumento individual se deu na lagosta, item do qual o RN teve um crescimento de incríveis 948%.

“Os números ratificam a percepção que sempre tivemos da assertividade do investimento realizado pelo Governo da Profª Fátima no apoio ao agronegócio potiguar. O peso destes itens em nossa pauta dá uma dimensão exata do potencial de geração de ocupação e renda que a atividade tem no nosso estado, além de injetar mais de R$ 1 bilhão na economia do Estado”, afirma o titular da Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape RN), Guilherme Saldanha.

Foto: Elisa Elsie

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Proposta de Zenaide quer reduzir os juros do cartão e do cheque especial

PEC 79/2019 dá alívio no orçamento das famílias, sem engessar a política monetária

A senadora Zenaide Maia (PSD – RN) é autora da Proposta de Emenda à Constituição 79 de 2019, que pretende dar um freio nos juros cobrados pelos bancos e operadoras de cartões de crédito. O texto determina que as taxas praticadas pelas instituições financeiras em suas operações de crédito “não poderão exceder ao limite de três vezes a taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central do Brasil”. O combate aos juros abusivos é uma luta dura que bate de frente com interesses poderosos, mas a PEC 79 tem a vantagem estratégica de não interferir no processo de definição da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central, o que pode facilitar sua aprovação pelo Congresso Nacional. “Tem gente pagando até 300% ao ano de juros no cartão aqui no Brasil, enquanto a mesma operadora de cartão de crédito, em seu país de origem, cobra muito menos! Temos que acabar com essa extorsão, porque cartão de crédito e cheque especial têm sido usados pelas famílias para compras básicas!”, argumenta a senadora potiguar.

Quer saber mais sobre a PEC 79? Acesse: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/136812

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O legado do Jair: pesquisa indica que 79 de cada 100 famílias no Brasil estão inadimplentes

Estar endividado não é umas das situações mais confortáveis e, por muitas vezes, pode parecer que nunca será possível sair dessa situação. Nessas horas, o ideal é ter um plano para pensar como quitar todas as dívidas.

De acordo com levantamento mensal realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a cada 100 famílias no Brasil, 79 estão endividadas. Sendo que a maioria dessas dívidas não está atrelada a bancos, e sim a serviços em geral, como contas de luz, de telefone e de internet, carnês de loja e prestações de carro e casa.

José Augusto de Rezende Júnior, sócio diretor do Instituto GEOC – Gestão de Excelência Operacional em Cobrança, acredita que muito vem sendo divulgado a respeito de condições “excepcionais”, com desconto de 90%, entre outros. “Porém, tais condições não são inéditas, pois são amplamente utilizadas pelo mercado nas renegociações das dívidas, os percentuais de desconto variam conforme o tempo de atraso e o prazo de pagamento do débito”.

O Instituto GEOC esclarece que o perfil desses inadimplentes são de pessoas com até 36 anos, 65% delas mulheres e 80% dessas pessoas com valor de dívida inferior a R$ 2.000,00. E, acreditam que ter uma educação financeira auxilia muito para que não se tenha problemas futuros.

Por isso, separamos quatro dicas para quem deseja quitar suas dívidas sem ter muitas dores de cabeça:

  • Organize suas contas: É preciso conversar com a família e cortar gastos, para evitar cair em novas dívidas;
  • Considere imprevistos e gastos extras antes de assumir qualquer compromisso, especialmente a longo prazo;
  • Antes de novas compras, procure quitar e renegociar suas dívidas: elas podem incidir multas e juros que aumentem com o tempo, comprometendo cada vez mais sua renda;
  • Acompanhe de perto seus gastos e despesas: É importante conhecer melhor seus hábitos e entender onde seu dinheiro está sendo investido. Hoje existem no mercado diversas ferramentas que auxiliam nesse acompanhamento.

Fonte InvestNE

Foto: Internet

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Haddad anuncia pacote de R$ 242,7 bi para melhorar contas públicas

Medidas envolvem reversão de desonerações e mudanças no Carf

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou há pouco uma série de medidas ficais para fazer o governo registrar superávit primário em 2023. As medidas envolvem reversão de desonerações, mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e uma nova renegociação especial de dívidas chamada Programa Litígio Zero.

De acordo com o Ministério da Economia, as mudanças poderão fazer o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar, no cenário mais otimista, superávit primário de R$ 11,13 bilhões em 2023, contra previsão de déficit de R$ 231,55 bilhões estabelecido no Orçamento Geral da União deste ano.

De acordo com o ministro, a previsão, no cenário mais realista, é que o déficit primário feche o ano em pouco menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), entre R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões. O pacote inclui envolvem medidas e reestimativas de receitas que elevarão a arrecadação em até R$ 196,68 bilhões e reduzirão as despesas em até R$ 50 bilhões.

Elevação de receitas

Do lado das receitas, o governo prevê que entrarão R$ 36,4 bilhões a mais no caixa em relação ao originalmente previsto no Orçamento de 2023. Além disso, haverá R$ 73 bilhões em receitas extraordinárias, como as mudanças que pretendem acelerar processos no Carf e desempatar votos em favor do governo (R$ 35 bilhões), incentivo para denúncias espontâneas de sonegação (R$ 15 bilhões) e a utilização de recursos parados em um antigo fundo do PIS/Pasep (R$ 23 bilhões), que havia sido autorizada pela Emenda Constitucional da Transição.

O governo também promoverá uma série de medidas para aumentar a arrecadação de forma permanente, que deverá render R$ 83,28 bilhões somente neste ano. Entre as medidas, estão o fim de desonerações no Programa de Integração Social (PIS) e na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), além da mudança no aproveitamento dos créditos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que era incorporado no PIS/Cofins.

Em relação ao fim das desonerações, o governo prevê que entrarão nos cofres públicos R$ 28,88 bilhões do fim da alíquota zero do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol a partir de março. Entrarão ainda R$ 4,4 bilhões da reversão da desoneração de PIS/Cofins sobre receitas financeiras de grandes empresas, decidida pelo ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão no fim do ano passado. A partir de abril, os tributos voltarão às alíquotas antigas.

Créditos do ICMS

Sobre o ICMS, em 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia excluído o imposto da base de cálculo do PIS/Cofins, mas definiu o alcance da medida só no fim de 2021. No entanto, perdurou uma polêmica sobre se o cálculo dos créditos tributários de PIS/Cofins deveria incluir ou retirar o ICMS.

Os créditos tributários representam tributos pagos a mais ao longo da cadeia produtiva que podem ser devolvidos às empresas ou usados para abater o pagamento de outros tributos. O governo definiu que os créditos de PIS/Cofins não serão calculados sobre o ICMS, apenas sobre a base de cálculo determinada pelo STF. Isso resultará em mais arrecadação para a União.

Redução de gastos

Do lado das despesas, a medida prevê a redução de gastos em R$ 50 bilhões. Desse total, R$ 25 bilhões virão da revisão permanente de contratos e programas, que será executada pelo Ministério do Planejamento, e R$ 25 bilhões virão de empenhos (autorização de execução) abaixo do autorizado no Orçamento de 2023.

Carf

Em relação ao Carf, órgão que julga recursos administrativos de contribuintes que devem à Receita Federal, a mudança mais importante ocorrerá no sistema de votação. O governo retomará o voto de desempate da Fazenda, já recomendada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), no julgamento de conflitos tributários. Com a medida, as chances de a Receita ganhar os processos aumentam, melhorando o caixa do governo.

O governo também introduzirá o Programa Litígio Zero, que funcionará no molde dos tradicionais Refis e prevê a renegociação em condições especiais de dívidas com a União. As pessoas físicas, micro e pequenas empresas com dívidas abaixo de 60 salários mínimos poderão obter descontos de 40% a 50% sobre o valor total do débito, com prazo de até 12 meses para pagar.

Para empresas que devem mais de 60 salários mínimos, haverá um desconto de 100% sobre multas e os juros e a possibilidade de usar prejuízos de anos anteriores para abater de 52% a 70% do débito. Segundo o Ministério da Fazenda, isso incidirá apenas sobre dívidas consideradas irrecuperáveis e de difícil recuperação.

Também haverá o fim dos recursos de ofício dentro do Carf para valores abaixo de R$ 15 milhões. Nesses casos, quando o contribuinte vencer em primeira instância, a Receita Federal deixará de recorrer, encerrando o litígio. De acordo com o Ministério da Fazenda, a medida extinguirá quase 1 mil processos no Carf, no valor total de R$ 6 bilhões, e ajudará a desafogar o órgão para o julgamento de grandes dívidas.

Agência Brasil

Foto: Valter Campanato

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Governo estuda anistia a endividados no consignado do Auxílio Brasil

Beneficiários que fizeram empréstimo consignado podem ter dívidas perdoadas, confirmou o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social

O governo federal vem estudando a possibilidade de anistiar as dívidas dos beneficiários do Auxílio Brasil – que voltará a se chamar Bolsa Família – que fizeram empréstimo consignado no ano passado, informa O Estado de S. Paulo.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, confirmou ao jornal que o tema está em debate no âmbito de um programa mais amplo de renegociação de dívidas a ser anunciado pela nova gestão. “Tem uma proposta de anistia para os endividados. Ainda não é possível dizer [os detalhes do programa] porque há aspectos legais que envolvem um banco”, afirmou.

Segundo o ministro, a discussão está em andamento e envolve, além do Ministério do Desenvolvimento Social, a Caixa Econômica Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Fazenda.

De acordo com o relatório final do governo de transição, cerca de R$ 9,5 bilhões em empréstimos relacionados ao Auxílio Brasil e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) foram concedidos pelo governo anterior. Um em cada seis beneficiários do Auxílio Brasil contraiu o empréstimo, conforme esses dados.

O empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi aprovado pelo Congresso Nacional em junho do ano passado e regulamentado às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, em outubro. Grandes bancos privados e o Banco do Brasil não ofereceram a linha de crédito.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não bateu o martelo sobre a manutenção ou suspensão do consignado do programa no atual mandato.

Consignado suspenso em outubro e retomado em novembro

O empréstimo havia sido suspenso após recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), antes do segundo turno das eleições, no fim de outubro.

No dia 14 de novembro, a Caixa voltou a liberar o crédito consignado do Auxílio Brasil.

Em outubro do ano passado, os empréstimos somaram cerca de R$ 5 bilhões em outubro, de acordo com dados do Banco Central (BC).

Como funciona

O crédito consignado é um empréstimo que permite aos beneficiários de programas como o Auxílio Brasil terem descontadas de seus benefícios as parcelas dos empréstimos contratados em instituições financeiras cadastradas no Ministério da Cidadania.

As parcelas são descontadas todos os meses diretamente do benefício, a juros mais baixos.

Conforme as regras atuais, é possível emprestar até 40%, o que representa um limite de R$ 2.569,34, em 24 vezes. O valor máximo mensal a ser pago é de R$ 160.

Esses R$ 160 são descontados sobre o valor-base do benefício (R$ 400), e não sobre os R$ 600 – que serão pagos até dezembro e devem ser prorrogados para o ano que vem.

Fonte: Metrópoles

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