O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou à CBN que o objetivo da visita da equipe da pasta é a produção de um relatório para estruturar futuras políticas públicas. Ele ressaltou que a situação de calamidade que os povos indígenas Yanomami vivem hoje é consequência da ausência do Estado no local.
que será produzido pela comitiva servirá ainda como ferramenta para apuração de responsabilidades nos planos nacional e internacional.
A mobilização acontece de 29 de janeiro a 2 de fevereiro e terá participação da secretária-Executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Cristina de Oliveira; do secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves; da secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão Araújo e do Ouvidor Nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato Nascimento Teixeira.
O vice-presidente da Associação Hutukara, que representa o povo Yanomami, Dário Kopenawa Yanomami, afirma que a situação no Território é denunciada há muito tempo, mas que nos últimos 4 anos houve aumento expressivo do garimpo ilegal, e como consequência, piora da crise sanitária:
O governo declarou Emergência Pública de Importância Nacional no Território Indígena Yanomami. A população local sofre com quadros de contaminação por mercúrio em decorrência do garimpo ilegal, desnutrição e fome, além de doenças como a malária e a tuberculose. Desde que foi declarado o estado de emergência, em 21 de janeiro, várias ações interministeriais estão em curso, que envolvem o ministério dos povos indígenas, da saúde, da justiça e segurança pública, além de órgãos como a Funai, a Secretaria de Saúde Indígena e ONGs nacionais e internacionais.
Fonte: CBN
Foto: José Cruz