3 de março de 2023

Caern alerta para uso racional de água no Seridó

Região Concentra Maior Número De Mananciais Com Volumes Baixos E Chuvas Não Foram Suficientes Para Recarga

O açude Dourado não tem mais água suficiente para atender Currais Novos e a Caern está enviando água do Açude Gargalheiras para atender a cidade. Mesmo com a redução no volume de água, que chega na zona urbana, é possível abastecer todos os bairros de Currais Novos de forma igualitária. A região Seridó é a que possui mananciais com volumes mais baixos em 2023 e a Caern recomenda uso consciente de água.

A previsão de chuva para esse ano é dentro do normal a acima do normal no Estado, entretanto, a distribuição nem sempre é igual para todas as regiões que a Caern abastece. O RN tem atualmente sete cidades em rodízio e uma em colapso parcial que é Serra do Mel. Se não chover o número de rodízios pode aumentar, particularmente no Seridó.

O Zangarelhas, também em Jardim do Seridó já não tem água desde o ano passado. A Caern passou a usar a água da barragem Passagem das Traíras para abastecer Jardim. Mas em 13 de janeiro passado, Passagem das Traíras colapsou e a cidade agora está sendo abastecida pelo Boqueirão de Parelhas.

Bodó e Lagoa Nova estão em rodízio de abastecimento desde o final do ano passado por causa da ausência de chuvas. A previsão é que se não chover a próxima cidade que terá dificuldade será Santana do Seridó, a água disponível é suficiente para abastecer por mais dois meses. Cerro Corá e Equador têm água disponível em seus mananciais até meados de 2023.

Caern alerta para uso racional de água no Seridó Read More »

Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano, dois por minuto

Pesquisa do Ipea aponta que apenas 8,5% dos crimes são registrados pela polícia e 4,2% pelo sistema de saúde

Pesquisa do Ipea aponta que apenas 8,5% dos crimes são registrados pela polícia e 4,2% pelo sistema de saúde

Neste começo de março, Mês da Mulher, um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) chama a atenção para um problema crítico no Brasil e que afeta principalmente as mulheres: o número estimado de casos de estupro no país por ano é de 822 mil, o equivalente a dois por minuto.

Com base nessa estimativa, o Ipea também calculou a taxa de atrito para o país, ou seja, a proporção dos casos estimados de estupro que não são identificados nem pela polícia, nem pelo sistema de saúde. A conclusão é que, dos 822 mil casos por ano, apenas 8,5% chegam ao conhecimento da polícia e 4,2% são identificados pelo sistema de saúde.

O quadro é grave, pois, além da impunidade, muitas das vítimas de estupro ficam desatendidas em termos de saúde, já que, como os autores ressaltam, a violência sexual contra as mulheres frequentemente está associada a depressão, ansiedade, impulsividade, distúrbios alimentares, sexuais e de humor, alteração na qualidade de sono, além de ser um fator de risco para comportamento suicida.

O estudo se baseou em dados da Pesquisa Nacional da Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNS/IBGE), e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, tendo 2019 como ano de referência. De acordo com o Sinan, a maior quantidade de casos de estupro ocorre entre jovens, com o pico de idade aos 13 anos, conforme o gráfico abaixo:

Quanto às relações entre agressores e vítimas de estupro, notam-se quatro grupos principais: os parceiros e ex-parceiros, os familiares (sem incluir as relações entre parceiros), os amigos/conhecidos e os desconhecidos.

Neste cenário, a estimativa de 822 mil estupros por ano é, de acordo com os responsáveis pela pesquisa, conservadora. Pesquisador do Ipea e um dos autores do estudo, Daniel Cerqueira afirmou que faltam pesquisas especializadas sobre violência sexual abrangendo o universo da população brasileira. Segundo ele, uma limitação das análises é que elas se fundamentam inteiramente numa base de registros administrativos (Sinan).

“O registro depende, em boa parte dos casos, da decisão da vítima, ou de sua família, por buscar ajuda no Sistema Único de Saúde”, explicou. Dessa forma, o número de casos notificados difere substancialmente da prevalência real, pois muitas vítimas terminam por não se apresentar a nenhum órgão público para registrar o crime, seja por vergonha, sentimento de culpa, ou outros fatores.

Fonte: Ipea

Foto: Internet

Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano, dois por minuto Read More »