Pesquisa liderada pela FUNCITERN e SEMJIDH avança na identificação de Povos e Comunidades Tradicionais no Rio Grande do Norte, um passo vital para a construção do Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial
Em julho deste ano, teve início o processo de visitas para a realização de uma pesquisa destinada a subsidiar a elaboração do Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial no Rio Grande do Norte. O público-alvo dessas visitas são os Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) presentes no estado, incluindo Povos Ciganos, Povos Indígenas, Comunidades Quilombolas e Comunidades de Matriz Africana e Afro-Ameríndia, que são assistidas pela Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (COEPPIR).
A pesquisa está sendo conduzida pela Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio Grande do Norte (FUNCITERN), em colaboração com a Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH). A seleção dos bolsistas pesquisadores ocorreu por meio do Edital 004/2023 – FUNCITERN, no período de 4 de março a 3 de abril, contemplando pessoas indígenas, quilombolas, ciganas e de religiões de matriz afro-ameríndia.
Até o momento, foram visitadas 17 das 19 Comunidades Indígenas existentes no RN e 18 das 39 Comunidades Quilombolas já identificadas. Quanto às Comunidades de Terreiros de Matriz Africana e Afro-Ameríndia, estas estão sendo identificadas por meio de um questionário virtual, que permanecerá aberto até o final de setembro. Após a sistematização dos dados, será iniciada a fase de visitas a essas comunidades durante o mês de outubro. No caso das Comunidades e famílias Ciganas, estão sendo identificadas, e as visitas serão programadas em breve.
“Neste momento, é crucial contar com a colaboração de todos, pois a construção desse diagnóstico é um passo primordial para a consolidação do Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial no Rio Grande do Norte.”, declara Giselma Omilé, Coordenadora da Promoção da Política da Igualdade Racial.
Ainda segundo Giselma, este plano deve ser embasado na realidade das vidas dessas comunidades, uma vez que, até o momento, não existe no estado um mapeamento ou diagnóstico que apresente a situação e as demandas dos direitos sociais e assistenciais, bem como a localização de todas as Povos e Comunidades Tradicionais. Portanto, a construção do conhecimento das especificidades das comunidades e dos territórios onde vivem é de extrema importância.
Para contribuir com esta pesquisa, a participação de todos é essencial. A equipe da FUNCITERN e COEPPIR agradece a colaboração da comunidade nesse importante passo na promoção da igualdade racial e na consolidação de políticas públicas mais inclusivas e equitativas.
Comunidades já visitadas:
Comunidades Indígenas: Santa Terezinha, Amarelão, Serrote de São Bento, Açucena e Marajó (João Câmara), Cachoeira (Jardim de Angicos), Rio dos Índios e Lagoa Grande (Ceará-Mirim), Lagoa do Mato (Macaíba), Lagoa do Tapara e Ladeira Grande (Macaíba/São Gonçalo), Catu (Canguaretama/Goianinha), Sagi Trabanda e Sagi Jacu (Baía Formosa), Caboclos do Assu (Assu), Amarelão (Natal) e Warao (Mossoró).
Comunidades Quilombolas: Sítio Grossos, Passagem Comprida e Sítio Pavilhão (Bom Jesus), Coqueiros (Ceará-Mirim), Picadas (Ipanguaçu), Família Mascena, Rego de Pedra, Família Quitéria e Arisco dos Pires (Jundiá), Macambira (Lagoa Nova), Nova Descoberta (Ielmo Marinho), Queimadas e Negros do Riacho (Currais Novos), Capoeiras (Macaíba), Boa Vista dos Negros (Parelhas), Saco do Pereira (Acari), Gameleira (São Tomé) e Banguê (Assu).
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