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Senado barra “PEC da Blindagem” e dá recado contra privilégios

O Senado decidiu dar um basta à chamada “PEC da Blindagem” nesta quarta-feira (24). A proposta, que já havia passado na Câmara, queria dificultar a abertura de processos criminais contra deputados e senadores, exigindo autorização da própria Casa em votação secreta. Na prática, seria um retrocesso que blindaria políticos acusados de corrupção e outros crimes.

Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o texto foi rejeitado por unanimidade: 26 votos contra, nenhum a favor. O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), chamou a PEC de “golpe fatal” contra a credibilidade do Congresso, lembrando que o mandato já tem garantias suficientes para proteger a atividade parlamentar. Para ele, o real objetivo da proposta era livrar políticos de investigações e processos sérios.

Senadores de diferentes partidos se uniram nas críticas. Alguns apelidaram a PEC de “da Bandidagem”, “do Escudo da Corrupção” e até “PEC dos Intocáveis”. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), disse que o texto era um desrespeito ao eleitor. Agora, a proposta segue para o Plenário do Senado, onde a expectativa é de rejeição definitiva. Para a população, fica claro: se tivesse passado, a medida aumentaria ainda mais a distância entre a classe política e os brasileiros comuns.

Foto: Geraldo Magela

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