Saúde

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Câmara discute combate à informalidade no mercado óptico de Natal

A Câmara Municipal de Natal realizou nesta quarta-feira (22) uma audiência pública, proposta pelo vereador Felipe Alves (União Brasil), para discutir formas de combate à informalidade e à pirataria no segmento óptico de Natal.

Segundo o vereador, a intenção é que as discussões e encaminhamentos ajudem a fortalecer esse mercado. “Há a necessidade de discutir alternativas e termos, a partir dessa audiência, elementos para a confecção de um projeto de lei, em nível local para regulamentar segmento óptico. Trata-se de uma questão de saúde pública também”, explicou Felipe Alves.

O setor de óticas é regido pelos Decretos-lei federais nº 20.931/32 e nº 24.492/34, que prevê a fiscalização por parte das repartições sanitárias estaduais competentes.

O Sindicato do Comércio Varejista de Materiais Ópticos do Rio Grande do Norte (Sindióptica/RN) estima que Natal tem mais de 400 óticas e apenas 30% dessas conta com o profissional capacitado. Além disso, falta fiscalização efetiva para combater a informalidade. “Há a necessidade da formalização do serviço das óticas. Cabe aos órgãos competentes fazer as devidas fiscalizações para evitar a venda de produtos pirateados e o funcionamento sem o profissional capacitado”, destacou o presidente do sindicato, Sérgio Menezes.

A legislação exige que as lojas tenham um profissional óptico prático, hoje chamado de profissional técnico óptico, reconhecido pela autoridade sanitária competente. Esse profissional é responsável por fabricar, projetar e manipular as lentes para a correção de problemas de visão em pessoas de todas as idades.

É justamente nas óticas com fabricação e laboratório que a Vigilância Sanitária (Covisa) atua, porém, a falta de efetivo do órgão dificulta o trabalho. “São mais de 15 mil estabelecimentos de interesse em saúde na cidade para apenas 54 fiscais. Por isso, atuamos por prioridade de risco ou em casos de denúncias. Temos um roteiro de inspeções disponível e podemos contribuir com o projeto de lei municipal para melhorarmos essa atuação”, disse o coordenador da Covisa, José Antônio.

A audiência contou ainda com a participação de empresários e profissionais do setor, representantes das secretarias de Meio Ambiente (Semurb), de Serviços Urbanos do município (Semsur) e de Tributação do Estado (SET), além da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/RN).

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Fotos: Francisco de Assis

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Hospital de Pau dos Ferros reabre duas salas cirúrgicas e retoma cirurgias eletivas

O Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade, em Pau dos Ferros, retomou a realização de cirurgias eletivas com a reabertura de duas salas do centro cirúrgico. O espaço foi recuperado por ação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) após o incêndio ocorrido na unidade. As duas salas se somam à uma outra sala montada na semana anterior para a realização de cirurgias de urgência.

A retomada dos serviços, após a ocorrência de um incêndio que atingiu a unidade, foi possível graças à resposta rápida do Governo do Estado em garantir os recursos para recuperação em menos de 24 horas após o acidente. A agilidade possibilitou que em duas semanas fossem liberar duas das três salas do centro cirúrgico.

O Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade vem se fortalecendo como referência para a região do Alto Oeste, e faz parte do projeto da Sesap de promover o fortalecimento dos hospitais regionais. Desde 2020 a unidade recebeu diversos investimentos como aparelho de raio-x digital e de ultrassonografia, monitores, cardioversores, aparelhos para anestesia, aspiradores, reanimadores manuais e mobiliários. O hospital recebeu ainda um tomógrafo para atender as demandas dos 37 municípios da região.

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Farmácias do SUS vão ter que divulgar estoques de remédios, aprova Senado

Farmácias que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS) terão que  divulgar os estoques dos medicamentos. A obrigatoriedade da divulgação está no PL 4.673/2019, aprovado nesta terça-feira (1°) pelo Senado. O texto segue para a sanção presidencial. Se o projeto for transformado em lei, as regras entram em vigor após 180 dias.

O projeto, do ex-deputado Eduardo Cury, teve relatório favorável da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP). Segundo o autor, o projeto não apresenta qualquer aumento de despesa ou renúncia de receita, já que apenas estabelece o dever das instâncias gestoras do SUS de tornar as informações sobre os estoques acessíveis aos cidadãos.

Para isso, o projeto acrescenta a determinação na Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080, de 1990). O texto determina que as diferentes instâncias gestoras do SUS ficam obrigadas a tornar disponíveis, em seus sites, páginas e portais na internet, as informações sobre estoques de medicamentos das farmácias públicas que estiverem sob sua gestão, com atualização quinzenal, de forma acessível ao cidadão comum.

Para Mara Gabrilli, a mudança trará diversos benefícios. O primeiro e, segundo ela, mais importante, “é possibilitar o adequado planejamento, por parte dos gestores de saúde em todos os entes federativos, com o objetivo de garantir o suprimento ininterrupto de medicamentos de uso contínuo aos pacientes que deles necessitam e também assegurar a disponibilidade de todos os fármacos utilizados nos atendimentos ambulatoriais e hospitalares, eletivos e de emergência”.

Desabastecimento e desperdício

Outro benefício, na visão da senadora, é possibilitar às instituições de controle oficial, a exemplo do Ministério Público, a atuação de forma preventiva e tempestiva para evitar o desabastecimento. Além disso, a relatora citou a prevenção das frequentes ocorrências de desperdício de medicamentos “que ficam esquecidos nos almoxarifados públicos e perdem sua validade”.

Em Plenário, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que é médica e já atuou no SUS, considerou que o projeto facilita o trabalho dos gestores, que precisam saber em tempo real a situação dos estoques e fazer remanejamentos. Além disso, segundo a senadora, é fundamental para que a população tenha conhecimento sobre os medicamentos disponíveis e possa cobrar seus direitos.

— A população tem que ter conhecimento. Muitas vezes, a pessoa passa horas numa fila porque não tem alguém lá para dizer: “Se a senhora veio aqui pegar o receituário para esse medicamento, ele está em falta”. Isso serve até para a gente saber se em algum lugar o medicamento está faltando e em outros está sobrando, para haver o remanejamento — disse a senadora.

Fonte: Agência Senado

Foto: Jefferson Rudy

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Liga tem novo setor para exames de endoscopia com capacidade ampliada e menos tempo de agendamento

A Liga Contra o Câncer duplicou o número de exames de endoscopias realizados em um mês e diminuiu em 75% o tempo de espera para agendamento de colonoscopias. Tudo isso graças ao funcionamento do novo Centro de Endoscopias, que funciona na unidade Policlínica, no Alecrim, em Natal, e foi reinaugurado na última semana. 

Antes, o serviço contava com uma sala de exames para realização exclusiva de endoscopias e colonoscopias e três leitos para repouso. Com a nova estrutura, são quatro salas de exames para a realização de endoscopia digestiva alta, ecoendoscopia, broncoscopia, histeroscopia, colonoscopia e colangiopancreatografia retrógrada. Além de 8 leitos de repouso e central de material próprio. 

O setor conta também com novo sistema de videoendoscopia e equipamentos de apoio, que proporcionam maior precisão nas imagens dos exames. O novo centro, que está em funcionamento há 60 dias, possui capacidade para realizar 1.200 exames/mês, com a entrega do laudo no mesmo dia. 

Atualmente, os tumores no pulmão, cólon, reto e estômago estão entre os tipos com maior incidência de câncer no Brasil. “O novo centro irá ajudar os pacientes na prevenção e diagnóstico precoce dos tumores do sistema digestivo, colorretal, pulmão, endométrio, pâncreas e vias biliares, com exames de alta precisão e qualidade”, disse a gerente assistencial da Policlínica, Telma Araújo. 

Os exames e as análises são realizadas dentro de uma área hospitalar que possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com equipe de saúde disponível 24 horas e leitos de internação. Isso torna todo o procedimento ambulatorial mais seguro, com uma retaguarda para a equipe de profissionais e para os pacientes. 

“Nós sabemos da importância que isso traz para a nossa população porque são situações em que nós temos a possibilidade de diagnosticar vários tipos de tumores com qualidade. O maior diferencial desse serviço é aliar o tratamento humano com qualidade e tecnologia, com um conforto acima da média para os pacientes”, afirmou o coordenador médico da Liga, Arthur Villarim. 

Os exames podem ser realizados para pacientes internos e externos do SUS, convênio ou particular, com agendamento pelo Call Center da Liga no (84) 4009-5600 ou (84) 4009-5601 (Whatsapp).

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Prefeitura e Liga podem oferecer telemedicina para pacientes oncológicos em Carnaúba dos Dantas

Na última sexta-feira (14), os funcionários da Liga Contra o Câncer, Júnior Gomes, gerente do NIR, Erika Regina, ouvidora, e Gislene Valente, enfermeira da qualidade, estiveram em Carnaúba dos Dantas onde participaram de uma reunião. O prefeito Gilson Dantas, o secretário de saúde, Luís Eduardo e a diretora do setor de regulação, Alcilene Cruz, receberam a comissão. O objetivo do encontro foi discutir sobre a implementação da telemedicina no atendimento aos pacientes oncológicos do município.

A Telemedicina é a oferta remota de serviços de saúde, utilizando recursos tecnológicos e de telecomunicações para a troca de informações em diferentes níveis, seja entre profissionais da saúde, como também entre médicos e pacientes.

O prefeito Gilson enxerga na telemedicina uma ferramenta que pode otimizar atendimentos e consultas, de maneira que o paciente poderá reduzir gastos e obter resultados mais rápidos, sem precisar se deslocar para realizar alguns procedimentos.

Gilson Dantas ressaltou que irá fazer o possível para que Carnaúba dos Dantas consiga viabilizar o serviço o mais breve possível, pois pretende que a cidade seja pioneira em oferecer o serviço de telemedicina a pacientes oncológicos no Seridó.

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Relatora do novo Mais Médicos no Senado, Zenaide comemora sanção da lei por Lula

Presente na cerimônia de sanção do presidente Lula à lei que cria o novo Mais Médicos, nesta sexta-feira (14) em Brasília, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), relatora da proposta no Senado Federal e médica infectologista de formação, comemorou a retomada do programa que oferece atendimento de saúde nas regiões mais distantes e carentes do país.

“Uma atenção primária robusta evita o agravamento de doenças, reduz internações, diminui a mortalidade infantil e, sobretudo, também é uma forma de o Estado dizer que enxerga, respeita e reconhece a cidadania que é de todos e de cada um, independentemente do local de moradia. Porque Saúde é direito! Porque médico não deve ser luxo para poucos. Médico é para todos – é isso o que queremos hoje, na sanção do Novo Mais Médicos”, frisou a parlamentar.
Em seu relatório à Medida Provisória 1.165/2023, que veio instituir a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde no Programa Mais Médicos, Zenaide identificou a carência de médicos em lugares que tinham sido 100% atendidos na versão antiga do programa e que, agora, se viam novamente sem atendimento médico.

A senadora viu necessidade de deixar clara a prioridade que deveria ser dada aos distritos indígenas, aos territórios quilombolas e às comunidades tradicionais, dentre as áreas de vulnerabilidade. Do mesmo modo, seu parecer valorizou a formação e as avaliações periódicas dos participantes, além de destacar a suma importância do acompanhamento feito pelos preceptores – professores essenciais em todo o processo formativo do Mais Médicos.

“Essa política pública nacional volta remodelada e com novos atrativos para a fixação de profissionais nos lugares que mais precisam. Sou formada em universidade pública, sempre atendi na rede pública e atuei como secretária de saúde. Sei bem – porque vivi – que um atendimento médico humanizado faz toda a diferença em uma comunidade. Como relatora do Mais Médicos, tive a plena consciência da responsabilidade e busquei promover debates amplos e plurais. Estamos no caminho certo!”, frisa Zenaide.

A senadora também ressalta a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando a atenção primária, as equipes de saúde na família, os médicos na comunidade como conquistas do país: “O SUS precisa e merece ser reforçado com pessoas comprometidas com a Medicina que coloca o ser humano no centro e em primeiro lugar”.

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Sesap lança certificado de valorização do ensino na saúde

Selo SUS Aqui se Ensina atesta avanço na qualidade dos serviços prestados aos potiguares

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) lançou nesta sexta-feira (14) o selo SUS Aqui se Ensina, certificando 45 instituições. A iniciativa visa incentivar o ensino nos serviços de saúde do Rio Grande do Norte e valorizar o avanço na qualidade dos serviços prestados aos potiguares. “Nós entendemos a saúde de forma ampliada. A construção de uma política tem que ser feita de forma conjunta, ao lado da ciência. E esse selo é mais um passo importante nesse sentido”, afirmou a secretária de Estado da Saúde Pública, Lyane Ramalho.

Hoje a Sesap conta com mais de 40 cursos pactuados em contrapartidas com instituições de ensino superior, 3400 estágios, 300 residentes, 50 projetos e 60 pesquisas em curso. “Priorizar a formação dentro dos serviços não é pouca coisa. A Sesap está fazendo um grande trabalho, uma ação importante para os alunos e para a população, que ganha com um serviço cada vez melhor”, comentou a secretária de Estado do Trabalho, da Habilitação e da Assistência Social, Íris Oliveira, representando a governadora Fátima Bezerra.

As 30 unidades de saúde e 15 entidades de ensino receberam o selo, estratégia pioneira no país, como um reconhecimento formal do fortalecimento dos espaços que conectam a formação ao atendimento dentro da rede SUS potiguar. A cada um ano, um novo edital será aberto para seleção de novos locais certificados.

“Esse é um projeto inovador. Em todo o tempo que estou no Ministério da Saúde já ouvi falarem muito, mas nunca foi concretizado. É uma maravilha ver o Rio Grande do Norte concretizar isso”, elogiou Maria Ivanildes Resende, diretora substituta da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde.

A certificação foi idealizada pela Subcoordenadoria de Gestão da Educação na Saúde da Sesap, dentro da política de avanço da rede potiguar de educação permanente em saúde. Através de um edital, a gestão selecionou as entidades habilitadas para receber o selo.

Representando as entidades certificadas, a reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Cicilia Maia, destacou a importância do reconhecimento por parte o selo SUS Aqui se Ensina. “Fico feliz que o pensar da reestruturação do SUS no RN está passando pelo ensino, pela educação. A UERN estará sempre aberta às parcerias”, afirmou.

A subcoordenadora de Gestão e Educação em Saúde da Sesap, Larissa Monteiro, ressaltou o papel de cada instituição para potencializar o ensino na área de saúde. “Cada um de nós temos um papel importante nessa estruturação. A Sesap prioriza a educação permanente em saúde, com diversos parceiros”, completou ela.

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Sesap aumenta a realização de cirurgias ortopédicas em 15%

Crescimento da capacidade é fruto de investimentos em expansão da rede nos hospitais do interior do RN

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) aumentou em, pelo menos, 15% a capacidade de realização das cirurgias ortopédicas no Rio Grande do Norte entre 2021 e 2023. A expansão é resultado do trabalho feito pela Sesap especialmente na rede de hospitais públicos do interior, como no caso de Mossoró, Pau dos Ferros, Assu e Caicó.

O crescimento, em números concretos, foi de 7388 cirurgias feitas em 2021 e 8503 neste ano. O aumento será ainda maior, levando em consideração que ainda estão sendo fechados os cálculos das cirurgias em dois dos 14 hospitais que realizam esse tipo de procedimento – Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade (Pau dos Ferros) e Prontoclínica Paulo Gurgel.

Os dados, relativos ao 1º semestre de cada ano, foram apresentados pela equipe da Sesap em reunião realizada com o Ministério Público do RN a respeito da situação do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), a maior unidade pública de saúde do estado. Durante o encontro, a secretária de Estado da Saúde Pública, Lyane Ramalho, destacou o esforço da Sesap em ampliar a linha de atendimento da ortopedia, que é a maior demanda registrada no HWMG atualmente. “A Sesap olha para a linha de cuidado como um todo e vem investindo forte na capacidade dos hospitais do interior em resolver a maior parte dos casos, evitando assim que o Walfredo sofra ainda mais pressão”, disse a gestora.

A melhoria da rede fora da Região Metropolitana também se reflete nos dados de atendimentos de traumas ortopédicos. Até junho, foram feitos 18928 atendimentos nos quatro hospitais de referência da Sesap para esses casos, dos quais 53% foram nos hospitais regionais de Pau dos Ferros, Caicó (Telecila Freitas Fontes) e Mossoró (Tarcísio Maia).

Os gestores da Sesap também apresentaram aos representantes do MP-RN, coordenados pela promotora Iara Pinheiro, o esforço conjunto que vem sendo feito dentro do Walfredo Gurgel para desafogar a unidade. Apenas neste fim de semana, foram transferidas 50 pessoas do hospital. A Sesap ainda comprometeu-se a, dentro dos próximos dias, diminuir ao máximo a quantidade de pessoas em espera por leito dentro do Walfredo, mantendo a força-tarefa que vem atuando há cerca de dez dias.

“Precisamos evitar que o Walfredo atenda casos de menor complexidade, focando na sua especialidade. E também trabalhar para combater essa epidemia de acidentes de trânsito, em especial de motocicleta, que representam mais de 700 atendimentos por mês”, ressaltou Tadeu Alencar, diretor do Hospital Walfredo Gurgel.

Para isso, a Sesap propôs um trabalho em parceria com o MP-RN e os municípios para ampliar a capacidade de atendimento dos casos ortopédicos de menor complexidade em centros populacionais, que hoje não contam com nenhum serviço desse tipo. Assim, a pressão no Walfredo Gurgel pode ser diminuída e a população melhor atendida.

O trabalho da secretaria foi elogiado pela promotora Iara Pinheiro, em especial pela transparência com relação aos dados e às medidas tomadas, que garantiu a disponibilidade em atuar conjuntamente junto aos municípios na abertura de novos serviços de saúde e agilidade na transferência de pacientes.

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Governo do RN inicia obras da Policlínica de Canguaretama

Ação é parte um pacote de investimentos na saúde superior a R$ 40 mi

O Governo do Estado deu o pontapé para a instalação de uma nova policlínica no Rio Grande do Norte. As secretarias de Estado da Saúde Pública (Sesap) e da Infraestrutura (SIN) assinaram a ordem de serviço para a recuperação do prédio que será a Policlínica do Agreste/Litoral Sul.

Para a secretária de Saúde Pública, Lyane Ramalho, a nova obra representa o compromisso da Sesap e do Governo do RN na ampliação da saúde pública no estado. “Essa assinatura de hoje é o começo de uma nova realidade para a saúde do Agreste e do Litoral Sul potiguar. E mostra que o Governo do Estado está trabalhando diariamente em prol de melhorias para a população”, afirmou a gestora.

A futura unidade é planejada para atender mais de 20 municípios da região com diversas especialidades médicas, exames e pequenas cirurgias. O plano traçado pela Sesap é que a unidade seja gerida pelo consórcio de saúde a ser formado em parcerias com as gestões locais, seguindo o modelo que já vem sendo colocado em funcionamento no Seridó e no Vale do Açu. “Essa obra é muito bem vinda para Canguaretama e toda região. Vamos fazer uma parceria boa entre prefeitura e a Secretaria de Saúde”, disse Wilson Ribeiro, prefeito de Canguaretama.

O investimento de R$ 3,7 milhões para reforma e adequação do prédio faz parte de um pacote de obras para a saúde pública, financiado por emendas parlamentares e recursos próprios do Governo, com um valor total superior a R$ 40 milhões.

O secretário da Infraestrutura Gustavo Coêlho ressaltou o trabalho realizado e os órgãos mobilizados pelo Governo do Estado para garantir a formulação e aprovação de todos esses projetos. “Trata-se de uma reforma que, assim como as demais obras da Saúde, contou com um esforço grande da nossa equipe técnica, principalmente dos engenheiros e arquitetos, para entregar um equipamento com toda a estrutura necessária para receber uma grande policlínica. Temos aqui os nossos engenheiros, responsáveis pela fiscalização da Secretaria, mas o principal fiscal é o povo”, afirmou Gustavo Coêlho.

A previsão é de que a obra em Canguaretama dure cerca de 300 dias. “Esse investimento mostra o quanto que o SUS, mesmo com toda a dificuldade, é importante para o povo”, destacou a deputada federal Natália Bonavides, que destinou uma emenda de mais de R$ 2 milhões para a obra “É um dia para celebrar, depois de muita luta e trabalho, o início dessa importante obra, uma policlínica que vai atender toda a região. Fico feliz de poder colaborar com esse momento”, completou o deputado estadual Francisco Medeiros, que também destinou recursos para a policlínica.

Também estiveram presentes ao evento as prefeitas Hosanira Galvão (Goianinha) e Thuanne Souza (Vila Flor), Jalmir Simões, superintendente do Ministério da Saúde no RN, Kristiane Fialho, gerente da I Regional de Saúde Pública, vereadores e outras autoridades da região.

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Com 1 milhão de cirurgias eletivas paradas no SUS, gestão planejada e fim do subfinanciamento devem ter prioridade, afirma especialista

Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, atualmente, há mais de 1 milhão de procedimentos cirúrgicos eletivos na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Cirurgias eletivas são aquelas que o paciente necessita fazer, mesmo não correndo risco de morte, já que seu quadro clínico pode se agravar, gerando limitações ou sequelas futuras.
 

O estado com a maior fila de espera do País, em número absoluto, é Goiás, com 125 mil operações travadas. Em segundo lugar, aparece São Paulo, com 111 mil e, em terceiro, está o Rio Grande do Sul, com 108 mil.
 

Falta de investimentos e má gestão pública dos recursos disponíveis estão entre as razões para esse cenário. É o que afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal. Para ele, a situação é alarmante: “há um subfinanciamento do SUS no âmbito nacional e recursos mal direcionados e geridos nas demais instâncias. Isso afeta diretamente o cidadão, que acaba não sendo atendido. Quando o caso não é devidamente tratado, o há uma necessidade muito maior de investimento depois”.

Para que a fila de cirurgias eletivas diminua cerca de 45%, o governo federal lançou, em fevereiro, o PNRF (Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas). No total, o Ministério da Saúde deve repassar, conforme a população estimada, cerca de R$ 600 milhões aos governos estaduais.
 

Para receber o montante, entes federativos tiveram de encaminhar um plano com o número de cirurgias eletivas na fila, a quantidade que poderia ser realizada com o investimento do governo, e as instituições de saúde que fariam as operações. Com o investimento, estima-se que sejam realizadas 487 mil operações no Brasil, reduzindo parcialmente a espera.
 

Levantamento por ente federativo

Quando considerada a população de cada localidade, a fila para cirurgias eletivas nos cinco estados com maior demanda, para cada 100 mil habitantes, é: Goiás (1.747); Pernambuco (1.074); Acre (858); Rio Grande do Norte (772); e Pará (736).
 

Dentre as cirurgias eletivas com maior atraso, a campeã é a cirurgia de catarata (com exceção no estado do Acre), que, de acordo com o Ministério da Saúde, historicamente, é a mais realizada nos programas de cirurgias eletivas no SUS. Hoje, são cerca de 167 mil pacientes aguardando para realizá-la no Brasil.
 

Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Ivete Berkenbrock, o aumento no número de cirurgias de catarata está relacionado ao envelhecimento da população: “apesar de ser uma cirurgia simples, ela ajuda a devolver a qualidade de vida à pessoa, que passa a enxergar muito melhor na maioria das vezes”.
 

Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Ivete Berkenbrock, o aumento no número de cirurgias de catarata está relacionado ao envelhecimento da população: “é um procedimento cirúrgico que, usualmente, evolui muito bem. Uma oportunidade para melhorar a qualidade de vida da pessoa no processo do envelhecimento”.

Na avaliação do presidente da Anadem, é essencial ter este parâmetro do número total de cirurgias eletivas em espera e iniciativas que façam jus ao problema de forma imediata, mas ele reforça a necessidade de ações em longo prazo. “Para que as filas sejam efetivamente controladas, precisamos de uma gestão federal planejada para os próximos anos”, finaliza.
 

Anadem

A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) foi criada em 1998. Enquanto entidade que luta pela categoria e seus direitos, promove o debate sobre questões relacionadas ao exercício da medicina, além de realizar análises e propor soluções em todas as áreas de interesse dos associados, especialmente no campo jurídico.

Foto: Adriano Abreu

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