21 de fevereiro de 2024

Senado aprova projeto de Zenaide exigindo de mineradoras plano de prevenção de desastres

O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (21), em decisão terminativa na Comissão de Meio Ambiente, o projeto de lei (PL 1303/2019) da senadora Zenaide Maia (PSD-RN) determinando que as empresas mineradoras obrigatoriamente façam e apresentem ao governo, antes de começar a explorar as jazidas, um plano de prevenção de desastres ambientais.

A parlamentar pretende evitar a repetição e a impunidade das 270 mortes e da destruição da natureza ocorridas na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, decorrente do rompimento considerado evitável de uma barragem comprometida da mineradora Vale. Desse modo, o plano de aproveitamento econômico das jazidas terá, agora, de conter um projeto de gerenciamento de risco de acidentes, reforçando a segurança da operação e a proteção da população local e da região territorial.

Zenaide comemorou a aprovação, destacando que espera por essa vitória desde que apresentou a proposta, ainda em 2019, quando assumiu o mandato de senadora. “Com a aprovação de meu projeto de lei, o Senado está dando uma resposta efetiva e necessária ao país e, principalmente, às vítimas desse crime que segue nos chocando após esses cinco anos de impunidade. A catástrofe de Brumadinho, mesmo não sendo no meu Estado, exige ação imediata de todo agente político eleito pelo povo”, frisou a senadora.

Na prática, ao alterar o Código de Minas do país (Decreto-Lei nº 227/1967), que dispõe sobre a exploração de minérios no Brasil, a proposta da parlamentar impõe, ao ser apresentado o requerimento de autorização de lavra de jazidas, que haja a apresentação de medidas de prevenção de desastres, por meio de um projeto de gerenciamento de risco de acidentes ambientais. O plano de aproveitamento é apresentado pelo minerador a órgãos públicos, junto a outros documentos, para requerer a concessão da lavra. No âmbito federal, o tema passa pela alçada da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Medidas preventivas

O projeto foi aprovado na Comissão de Infraestrutura do Senado em junho de 2019. Depois, seguiu para a Comissão de Meio Ambiente (CMA), na qual foi também passou, nesta quarta (22), com parecer favorável da senadora Teresa Leitão (PT-PE) em decisão terminativa (decisão final), a menos que haja pedido parlamentar para ir a voto no plenário principal da Casa.

Para a representante potiguar no Senado, as tragédias da mineração nos municípios de Mariana e Brumadinho demonstram a necessidade de maior planejamento e fiscalização das atividades que visam à exploração de jazidas de minas. Assim, conforme propõe a lei de autoria da parlamentar, toda empresa de extração mineral deverá fazer obrigatoriamente um plano de ação com análises prévias, monitorando riscos de acidentes ambientais, de modo a estipular medidas preventivas necessárias.

“A irresponsabilidade será punida. As catástrofes da mineração nos municípios mineiros de Mariana e Brumadinho – cujo rompimento da barragem de rejeitos matou centenas de pessoas, destruiu cidades e poluiu rios e matas e poderia ter sido evitado pela Vale – demonstram a necessidade urgente de maior planejamento e fiscalização das atividades que visam à exploração de jazidas de minas. As vítimas não foram indenizadas como deveriam. Famílias perderam entes, casa e tudo que tinham, e estão abandonadas”, assinalou a senadora.

Ainda conforme Zenaide, as regras para exploração mineral têm de ser rigorosas, perpassando uma responsabilidade criminal, humanitária e econômica que o Brasil e o Congresso não podem calar nem ignorar. “Prevenção é o melhor remédio! Estamos fixando em lei um controle maior sobre a exploração mineral, para minimizar riscos para a coletividade. Não vamos esquecer de quem perdeu a vida e de quem luta para reconstruir a própria história em meio a tanta dor, a tantas perdas e a tanto desamparo”, reitera.

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Caju: mostra que valoriza as raízes potiguares permanece aberta à visitação na Pinacoteca

Até o dia 10 de março, a exposição composta por cerca de 35 obras de artistas clássicos e contemporâneos destaca a importância estética desse importante fruto, além de ser um verdadeiro convite à contemplação.

A Pinacoteca Potiguar, mantida pelo Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Fundação José Augusto, está com duas exposições coletivas em cartaz, que reúnem obras clássicas e contemporâneas de artistas do Rio Grande do Norte. “Caju” e “Sou Definida Pelo Que Não Sei” foram lançadas em dezembro de 2023 e permanecerão abertas à visitação até o dia 10 de março, de terça a sexta, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos das 9h às 16h. A entrada é gratuita.

“O retorno às aulas e à normalidade da vida cotidiana pós-carnaval é o momento ideal para que as pessoas adquiram ou retomem o hábito de frequentar ambientes culturais, como é o caso do Palácio da Cultura, prédio histórico situado no centro de Natal, que abriga a Pinacoteca Potiguar”, sugeriu Gilson Matias, presidente da FJA. Ele se refere à instituição que reúne o acervo de obras de arte pertencentes ao Governo do Estado, e apoia a realização de exposições e outros eventos culturais.

Caju é uma exposição coletiva que conta com a realização da Editora da UFRN e a Pinacoteca, reunindo obras de artistas clássicos, tais como Dorian Gray, Newton Navarro, Maria do Santíssimo e Rossini Perez, e contemporâneos como Ângela Almeida, Márcia Bessa, Max Pereira, entre outros artistas potiguares. As obras valorizam o caju de diferentes formas e texturas, fruto que faz parte não só da culinária, mas também da paisagem e do turismo local.

Segundo o designer gráfico Rafael Campos, um dos responsáveis pela organização, idealização e materialização da exposição, o caju está presente no cotidiano da população potiguar e nordestina, mas nem sempre é pensado como um algo importante para a formação da nossa cultura. “Normalmente não paramos para refletir na importância histórica que ele tem, na importância simbólica do caju, na importância econômica para o nosso estado. Então, essa exposição tem como objetivo trazer o caju na sua complexidade histórica, antropológica, cultural e principalmente artística. São muitas manifestações estéticas a partir do caju de grandes artistas, nomes que fazem parte da história da arte do Rio Grande do Norte e artistas contemporâneos que estão criando arte nesse momento”, explicou.

A mostra, que conta também com a curadoria da artista plástica, pesquisadora, professora universitária e escritora Ângela Almeida, e do artista e gestor do Palácio da Cultura, João Natal, reúne obras do acervo da Pinacoteca do RN e de acervos de particulares, como é o caso do colecionador Manoel Onofre Júnior, bem como trabalhos de artistas convidados. Em paralelo à exposição, está sendo realizado aos sábados uma programação cultural denominada de “Diálogos sobre o caju”.

A iniciativa consiste em conversas com convidados, abertas ao público em geral, de modo a dialogar sobre a presença do caju em distintas áreas do conhecimento, como a literatura, a ecologia, a economia, a nutrição, o direito, o turismo, a publicidade etc. Esses diálogos têm ocorrido desde janeiro e seguem até meados de março de 2024, a partir das 10h30, no Salão Nobre da Pinacoteca (pavimento superior). O próximo está marcado para o dia 24 de fevereiro, com o tema “Fazer Moda: Empreendendo a Sombra do Cajueiro”, com Marcos Paulo, Rafaela Fagundes e Wilza Santos.

Após encerrar o prazo de exposição na Pinacoteca, Caju seguirá em itinerância para a Galeria Sol da Meia Noite, em São Miguel do Gostoso, município situado no litoral Norte potiguar, ainda no primeiro semestre de 2024.

Mais Mulheres Na Cultura

A outra exposição em cartaz é “Sou Definida Pelo Que Não Sei”, uma iniciativa do projeto Mais Mulheres na Cultura, que conta com financiamento do Governo do Estado via emenda da deputada estadual Isolda Dantas. Composta por obras de 30 mulheres artistas, algumas que fazem parte do acervo da Pinacoteca e outras artistas convidadas, dá espaço para diversas linguagens artísticas, como esculturas, fotografias, pinturas e colagens.

Fotos: Cynthia Campos/Ascom/FJa e Arquivo Editora UFRN

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Nova lei do CPF já está valendo

A partir de 2024, o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) será o único número de identificação dos cidadãos em todos os documentos oficiais e para todas as relações com o Estado.

Na prática, agora com a mudança, para fazer qualquer solicitação de serviço público será necessário informar somente o CPF, não sendo mais necessário outros números de identificação como Registro Geral (RG), PIS e número da carteira de trabalho.

O CPF é um banco de dados administrado pela Receita Federal que armazena informações cadastrais de contribuintes. Agora, com a Lei 14.534/23, sancionada em 2023 pelo presidente Lula, outros documentos podem ser solicitados, mas não podem impossibilitar um cadastro ou requerimento.

De acordo com o governo federal, o objetivo da medida é dar acesso aos serviços públicos, unificando bancos de dados e permitindo que o cidadão apresente e memorize somente um documento.

Além disso, a partir de 2024, o CPF precisará estar presente em novos documentos sem a necessidade de gerar um novo número, como acontece hoje em dia em:

  • Certidão de nascimento;
  • Certidão de casamento;
  • Certidão de óbito;
  • Documento Nacional de Identificação (DNI);
  • Número de Identificação do Trabalhador (NIT);
  • Registro no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep);
  • Cartão Nacional de Saúde;
  • Título de eleitor;
  • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
  • Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • Certificado militar;
  • Carteira profissional expedida pelos conselhos de fiscalização de profissão regulamentada como a OAB;
  • Outros certificados de registro e números de inscrição existentes em brs de dados públicas federais, estaduais, distritais e municipais.

Como único número de identificação, sem o CPF não será possível solicitar alguns serviços, inclusive em Embaixadas e Consulados no exterior. Caso cidadãos brasileiros, residentes no exterior, não tenham o número do CPF, poderão solicitar ou consultar sua situação cadastral diretamente no site da Receita Federal, em processo online, sem precisar comparecer ao Consulado.

Originada do Projeto de Lei 1422/19, do ex-deputado federal Felipe Rigoni (União-ES), o texto foi aprovado pela Câmara em dezembro de 2022. A Lei já está em vigor, porém foram fixados os seguintes prazos para adequação:

  • Doze meses, para que os órgãos e as entidades realizem a adequação dos sistemas e dos procedimentos de atendimento aos cidadãos, para adoção do número de inscrição no CPF como número de identificação;
  • Vinte e quatro meses, para que os órgãos e as entidades modifiquem os sistemas entre os cadastros e as brs de dados a partir do número de inscrição no CPF.

Fonte: Valor

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Moraes nega pedido de Bolsonaro para não comparecer a interrogatório

PF apura suposta organização criminosa para dar golpe de Estado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou, nesta terça-feira (20), pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele fosse dispensado de comparecer à Polícia Federal (PF), em interrogatório sobre o caso que apura a formação de uma suposta organização criminosa para elaborar um golpe de Estado. O interrogatório está marcado para a próxima quinta-feira (22).

Nessa segunda-feira (19), o magistrado já havia negado o pedido da defesa do ex-presidente por um adiamento da oitiva. A alegação era de que os advogados de Bolsonaro não tinham tido acesso integral ao processo. O argumento havia sido rebatido pelo ministro, que negou tal obstrução aos autos.

O pedido negado hoje, segundo Moraes, não trouxe nenhum novo argumento. “A defesa tem conhecimento da SV [Súmula Vinculante] do STF e da jurisprudência pacificada em relação à colaboração premiada, porém insiste nos mesmos argumentos já rejeitados em decisão anterior, onde ficou absolutamente claro que o investigado teve acesso integral a todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos e que não há motivos para qualquer adiamento do depoimento marcado pela Polícia Federal para o dia 22 de fevereiro próximo”.

Bolsonaro é um dos alvos na Operação Tempus Veritatis, deflagrada há quase duas semanas pela PF. Ele teve o passaporte apreendido e foi proibido de se comunicar com os demais investigados.

Segundo a PF, o grupo investigado é suspeito de tentar “viabilizar e legitimar uma intervenção militar” no Brasil.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo

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Turismo internacional no RN prevê alta de 46% no primeiro trimestre de 2024

Informação é da Forwardkeys, plataforma especializada em análise de dados de viagens aéreas

O turismo internacional do Rio Grande do Norte (RN) tem uma expectativa de aumento de 46% só no primeiro trimestre de 2024, de acordo com a análise da ForwardKeys, plataforma espanhola especializada em dados de viagens aéreas. A empresa prevê um aumento geral de 21% nas chegadas de turistas internacionais ao Brasil nos primeiros três meses deste ano, em comparação com o mesmo período em 2023.

Os dados fornecidos pela ForwardKeys, uma plataforma reconhecida internacionalmente, são amplamente utilizados por instituições renomadas como a Organização Mundial do Turismo (OMT), o World Travel Tourism & Council (WTTC) e países como Alemanha, Inglaterra e Portugal. A Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur-RN), foi pioneira na contratação da plataforma no Brasil, e utiliza por meio de seu Setor de Inteligência, a plataforma para análise de dados do turismo no estado.

Segundo a FowardKeys, Santa Catarina lidera a projeção de chegadas internacionais, com um aumento de 53% nos três primeiros meses de 2024. Na sequência, o Rio Grande do Norte destaca-se com uma alta de 46%, seguido por São Paulo (25%), Rio de Janeiro (23%), Minas Gerais (18%), Alagoas (15%), Pernambuco (14%), Ceará (11%), Paraná (9%), e Bahia (4%).

A plataforma mostra que as viagens da América do Sul para o Brasil estão registrando um crescimento de 23%. Além disso, as chegadas provenientes da União Europeia e do Reino Unido apresentam um aumento significativo de 21%, enquanto as dos Estados Unidos acumulam uma expansão de 15%.

A diretora de Promoção Turística da Emprotur-RN, Nayara Santana, expressou otimismo em relação a esses números, destacando o comprometimento contínuo do estado em promover suas belezas naturais e atrativos turísticos. “Estamos entusiasmados com o potencial crescimento do turismo internacional no Rio Grande do Norte. Esses números refletem não apenas a recuperação do setor, mas também o resultado de ações realizadas pelo estado para fortalecer a imagem do destino em diferentes mercados”, afirmou.

Foto: Sandro Menezes

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