Assistência Social

Bolsa Família retira 18,5 milhões de pessoas da linha da pobreza

Reestruturação do programa com benefícios focalizados nas pessoas mais vulneráveis e reconstrução das demais políticas sociais do Governo Federal tem como meta retirar o Brasil novamente do mapa da fome

A reestruturação das políticas públicas realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) retirou 18,52 milhões de famílias da linha da pobreza em junho. O Bolsa Família, relançado em março e implementado totalmente no último mês, é o grande responsável por elevar a renda da população mais vulnerável acima da linha da pobreza, que é de R$ 218 per capita por residência.

A Bahia foi o estado com maior número de famílias que ultrapassaram essa faixa de renda, com 2,26 milhões de lares alcançando essa condição. Em seguida, São Paulo teve 2,25 milhões de famílias saindo da linha da pobreza. Rio de Janeiro (1,63 milhão), Pernambuco (1,48 milhão) e Minas Gerais (1,38 milhão) vêm na sequência (confira a lista completa abaixo).
 

“O objetivo é tirar novamente o Brasil do mapa da fome e da insegurança alimentar, mas também reduzir a pobreza. Somente agora, no novo Bolsa Família, nós já comemoramos 18,5 milhões de famílias, 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda este ano e que estão fora da pobreza”, destacou o ministro Wellington Dias.

Nesta quarta-feira (12.07), o relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostra uma piora dos indicadores de fome e insegurança alimentar no Brasil nos últimos três anos.
 

Diante do cenário, o Governo Federal, na gestão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, adotou uma série de medidas para reestruturar as políticas sociais e retirar o Brasil, novamente do mapa da fome, como ocorreu em 2014.
 

Em março, o Governo Federal relançou o Bolsa Família com o valor mínimo de R$ 600 e o adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos. Em junho, os benefícios variáveis de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de sete a 18 anos e o per capita de R$ 142 foram implementados. O resultado foi o maior tíquete médio da história do programa: R$ 705,4.

A casa de Amanda de Souza e de seus oito filhos em Garibaldi é exemplo disso. A dieta da família mudou bastante nos últimos meses. Carne, frango e salsichão passaram a integrar com frequência um cardápio que durante um bom tempo era dominado por frutas, arroz, feijão, macarrão e polenta. As contas de água e luz da casa no bairro Bela Vista II, em Garibaldi (RS), estão em dia, assim como uma fatura que andava “pendurada” no mercadinho da vizinhança. A camisa para os meninos desfilarem no 7 de setembro da escola está comprada e o tênis novo de um dos garotos acaba de sair da caixa. Com as mudanças no Bolsa Família, o benefício mensal a que ela tem direito saltou de R$ 600 no início do ano para R$ 1.300 agora.
 

“Melhorou bastante. Já dá para o gás. Ajuda a pagar a água, a luz. Dá para comprar carne e mais coisas, como galinha e salsichão”, afirma Amanda, que atua de forma temporária num emprego descarregando aves para uma empresa de proteína animal que atua em municípios próximos a Garibaldi, como Campestre da Serra, Ipê e Lageado Grande. “O armário e a geladeira, hoje, não ficam mais vazios”, celebra.

A nova estrutura do Bolsa Família conta com:

  • Cada família recebe, no mínimo, R$ 600;
  • Benefício Primeira Infância (0 a 6 anos): R$ 150 por criança;
  • Benefício Variável Familiar: R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes (7 a 18 anos);
  • As famílias beneficiárias devem cumprir compromissos nas áreas de saúde e de educação para reforçar o acesso aos direitos sociais básicos.
  • Acompanhamento pré-natal;
  • Acompanhamento do calendário de vacinação;
  • Acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de sete anos;
  • Para as crianças de quatro a cinco anos, frequência escolar mínima de 60% e 75% para os beneficiários de seis a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;
  • Ao matricular a criança na escola e ao vaciná-la no posto de saúde, é preciso informar que a família é beneficiária do Programa Bolsa Família.
  • Acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de sete anos;
  • Para as crianças de quatro a cinco anos, frequência escolar mínima de 60% e 75% para os beneficiários de seis a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;
  • Ao matricular a criança na escola e ao vaciná-la no posto de saúde, é preciso informar que a família é beneficiária do Programa Bolsa Família.
  • Regra de proteção: Garante que, mesmo conseguindo um emprego e melhorando a renda, a família possa permanecer no programa por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo (R$ 660)

Além do programa de transferência de renda, o MDS lançou o Programa Emergencial de Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único de Assistência Social (Procad-SUAS) ainda em março. Para manter o funcionamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), aprimorar o atendimento dos beneficiários dos programas sociais, atualizar o Cadastro Único e realizar busca ativa das famílias, o Governo Federal vai transferir mais de R$ 3,5 bilhões aos estados e municípios até o fim de 2023.
 

Na busca ativa, o MDS iniciou diálogo e parceria com diversos movimentos representativos da sociedade civil e de grupos mais vulneráveis de população. O MDS também retomou, em março, as capacitações de entrevistadores e de operadores do Cadastro Único, tal como a orientação a municípios e estados. Esses processos estavam paralisados desde 2020.

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Bolsa Família de junho tem maior valor médio da história: R$ 705,40

São quase R$ 15 bilhões em repasses do Governo Federal a estados e municípios que contemplam 54 milhões de brasileiros. Benefício adicional de R$ 50 chega a 15,7 milhões, entre gestantes e dependentes de sete a 18 anos

Cronograma de pagamento teve início na segunda, 19/6, e segue até o dia 30.
Foto: Roberta Aline/ MDS

novo Bolsa Família atinge em junho toda a sua potencialidade e dois patamares inéditos: pela primeira vez o valor médio do benefício supera a casa dos R$ 700 e chega a R$ 705,40. Os repasses do Governo Federal também são os maiores já realizados: quase R$ 15 bilhões. Os pagamentos teve início nesta segunda, 19/6, para beneficiários com final 1 no Número de Identificação Social (NIS), e seguem até o dia 30.

O total de famílias manteve-se no patamar de maio: 21,2 milhões. O número total de pessoas contempladas supera 54 milhões. O aumento no valor médio (que em maio foi de R$ 672,45, até então o recorde) e no total de repasses (no mês passado, R$ 14,1 bilhões) se deve à estreia de uma nova categoria do programa.
 

Benefício Variável Familiar assegura um adicional de R$ 50 a dependentes de sete a 18 anos e a gestantes integrantes da composição familiar. Em junho, são 15,7 milhões de contemplados, a partir de um repasse de R$ 766 milhões. Nesse universo estão 943 mil gestantes (R$ 46 milhões) e 14,8 milhões crianças e adolescentes (R$ 720 milhões). Esses acréscimos garantem que 9,8 milhões de famílias beneficiárias do programa recebam mais recursos neste mês do que em maio.

Por conceito, o Bolsa Família garante o mínimo de R$ 600 mensais a cada beneficiário. Desde março, o programa paga também o Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 a cada criança de zero a seis anos na composição familiar. São 9,12 milhões de crianças nessa faixa etária em junho, que demandam um investimento de R$ 1,3 bilhão.

REGIÕES – O Nordeste concentra o maior número de beneficiários. Em junho, mais de 9,74 milhões de famílias da região recebem o auxílio no valor médio de R$ 696,76. O investimento federal para os nove estados supera R$ 6,79 bilhões. Os recursos chegam aos 1.794 municípios.
 

Em seguida aparece o Sudeste, com 6,32 milhões de famílias contempladas em seus 1.668 municípios dos quatro estados. Serão transferidos R$ 4,42 bilhões, que asseguram um valor médio de R$ 700,26.
 

O Norte reúne 2,58 milhões de famílias no programa. Elas recebem um benefício médio de R$ 740,37 (o maior do país), distribuído em todos os 450 municípios dos sete estados, com um aporte de R$ 1,9 bilhão. O Sul soma 1,42 milhão de famílias beneficiárias. Os recursos, de R$ 1,01 bilhão, chegam aos 1.191 municípios e asseguram um valor médio de R$ 711,28.

Já a Região Centro-Oeste tem 1,13 milhão de famílias contempladas, resultado de um investimento federal de R$ 814,92 milhões. O benefício médio a ser pago em todos os 466 municípios dos quatro estados, além do Distrito Federal, é de R$ 721,16.
 

ESTADOS – No recorte por Unidades da Federação, São Paulo é o estado com maior número de famílias assistidas. São 2,575 milhões, com repasses superiores a R$ 1,82 bilhão e benefício médio de R$ 707,27. Na sequência aparece a Bahia, com 2,569 milhões de famílias contempladas, resultado de um investimento superior a R$ 1,76 bilhão. Elas recebem um benefício médio de R$ 688,78. Apenas São Paulo e Bahia têm mais de dois milhões de famílias contempladas em todo o país.
 

Outros seis estados reúnem mais de um milhão de famílias beneficiárias em junho: Rio de Janeiro (1,82 milhão), Pernambuco (1,67 milhão), Minas Gerais (1,61 milhão), Ceará (1,49 milhão), Pará (1,35 milhão) e Maranhão (1,23 milhão).

COMPOSIÇÃO – A predominância no Bolsa Família é de famílias monoparentais femininas e com filho ou filhos, característica presente em mais de 10,14 milhões de lares, ou 47,81% das famílias assistidas. No programa, 17,3 milhões de famílias têm como responsável familiar uma mulher (81,5%). No recorte por raça ou cor, 40 milhões de pessoas beneficiárias se identificam como pretas ou pardas, ou 73,4%.

AUXÍLIO GÁS – Em junho, o Governo Federal paga também, no mesmo calendário do Bolsa Família, o Auxílio Gás a beneficiários em maior condição de vulnerabilidade social. Em todo o país são atendidas mais de 5,62 milhões de famílias, com um benefício de R$ 109. O investimento federal é de mais de R$ 612,9 milhões.
 

Na divisão por regiões, o Nordeste concentra o maior número de contemplados: são 2,7 milhões de famílias, a partir de um investimento de R$ 294 milhões. Na sequência aparece o Sudeste, com 1,8 milhão de famílias e repasses de R$ 198 milhões. Na Região Norte, há 543 mil famílias atendidas e R$ 59 milhões em recursos.
 

No Sul do País, os três estados somam 359 mil famílias e R$ 39 milhões em investimento federal. No Centro-Oeste, por fim, são 191 mil e R$ 20 milhões. São Paulo é o estado com maior número de famílias contempladas em todo o país, com mais de 729,5 mil.

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Ministro assina em Natal pactos para ampliar programa “Nordeste Acolhe”

Ações visam atender órfãos pela Covid-19, feminicídio e combater desigualdades

Com a finalidade de promover ações de enfrentamento à fome, à pobreza, às violações de direitos, desproteções e desigualdades nos estados da região Nordeste, a Câmara Temática de Assistência Social do Consórcio Nordeste firma o Pacto para a Busca Ativa e o Pacto para o Plano Brasil Sem Fome e Consolidação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

Estas definições, que favorecem a localização de crianças órfãs de pais vitimados pela Convid-19 foram tomadas nesta quinta-feira (01), em reunião da Câmara Temática de Assistência Social do Consórcio Nordeste realizada em Natal, no auditório do Hotel Holiday Inn. Na reunião também foi lançada a proposta de incluir crianças órfãs por feminicídio como beneficiárias do programa “Nordeste Acolhe” que oferece ajuda de custo financeiro.

A governadora Fátima Bezerra preside a Câmara Temática que tem como coordenadora a secretária de Estado Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas) do RN, Íris Oliveira.

O ato de assinatura dos pactos será nesta sexta-feira (02), com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, às 9h00, na Escola de Governo, em Natal.

O Programa Nordeste Acolhe foi lançado no Centro de Convenções de Natal, dia 25 de agosto de 2021, com a presença de governadores e representantes dos nove estados da região. Consiste no pagamento de benefício no valor de R$ 500 mensais a crianças e adolescentes que ficaram órfãos devido à pandemia da Covid-19 até o alcance da maioridade civil (21 anos).

“Nosso objetivo é desenvolver ações e políticas públicas regionais para o enfrentamento das desigualdades que geram fome, pobreza e falta de acesso a direitos fundamentais”, afirmou a governadora Fátima Bezerra, para ressaltar que “a crise social foi agravada no contexto da pandemia da Covid-19, e da desorganização das políticas públicas em âmbito nacional. Estes fatores afetaram ainda mais a vida da maioria da população, especialmente as que vivem do trabalho e que vivenciam as consequências do racismo estrutural e das desigualdades de gênero e sociais”.

Ela destacou que “a Câmara Temática de Assistência Social do Consórcio Nordeste inicia uma nova e importante fase com potencial de acelerar a implementação do Pacto Social pelo Nordeste, inclusive diante da urgência do fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social e da centralização de esforços na promoção da integração regional, por meio de projetos estratégicos e de políticas públicas integradoras, inovadoras e estruturantes, para redução das desigualdades e desenvolvimento sustentável”.

À reunião compareceram a representante do ministro Wellington Dias, Rosangela Souza; Eulália Barbosa, da Senarc/MDS; o secretário de Programas do Consórcio Nordeste, Pedro Lima; secretários e dirigentes de órgãos socioassistenciais dos estados, Kátia Bom Ribeiro (Alagoas), Fabya Reis (Bahia), Paulo Guedes (Ceará), Luiz Barbalho (Maranhão), Yasnaia Polliana Dutra (Paraíba), Ana Carolina Pessoa (Pernambuco), Maria Regina (Piauí), Helga Mengel (Sergipe) e Íris Oliveira (Rio Grande do Norte).

Fotos: Carmem Felix

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Defensoria Pública do RN promove primeira edição do ano do projeto “Mulher Viver com Dignidade” no dia 13 de maio

Projeto contará com atendimento e orientação jurídica, além de diversos serviços sociais e de saúde

A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE/RN) irá promover a primeira edição do ano de 2023 do projeto “Mulher Viver com Dignidade” e o destino escolhido foi a cidade de Parnamirim. A ação irá acontecer no sábado, 13 de maio de 2023, das 8h às 16h, no Espaço LEAN, Estr. Cajupiranga, 1489, Liberdade, com atendimento e orientação jurídica, além de diversos serviços sociais e de saúde.

Durante o evento, será ofertada orientação jurídica e social, exames de audiometria, testes rápidos de saúde, atendimento médico e odontológico, avaliação fisioterapêutica, oficinas de costura, corte de cabelo, recreações e apresentações culturais. Durante a ação, o ITEP irá distribuir fichas de atendimento para emissão de RG gratuito na Central do Cidadão de Parnamirim.

A programação havia sido inicialmente prevista para o mês de março, como forma de celebrar o mês das mulheres, mas foi adiada devido à crise da segurança pública pela qual passou o Rio Grande do Norte. O projeto “Mulher Viver com Dignidade” conta com o apoio da Associação de Apoio às Mulheres de Parnamirim (AMPAR) e da Coletiva Nísia Floresta.

SERVIÇO

MULHER VIVER COM DIGNIDADE

QUANDO: 18/03/2023

HORA: 8H ÀS 16H

LOCAL: LEAN – Estrada de Cajupiranga, 1489, Liberdade, Parnamirim/RN

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SETHAS fortalece ações junto aos municípios diante mudanças no CadÚnico

Nova Portaria do MDS muda o Procad-SUAS que diz respeito ao Cadastro Único e Programa Bolsa Família

Com a nova Portaria que regulamenta as ações do Programa de Fortalecimento Emergencial do Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único da Assistência Social (Procad-SUAS), a SETHAS vai desenvolver uma série de atividades específicas para fortalecer o apoio aos municípios do Rio Grande do Norte no que diz respeito ao CadÚnico e Novo Programa Bolsa Família.

A equipe da Coordenadoria da Gestão Estadual do Sistema Único de Assistência Social (COGESUAS) da SETHAS, com base nesta Portaria vai e já está executando uma série de ações:

  • Apoio técnico, capacitação e formação continuada;
  • Diálogos do Cadastro Único e PBF, com a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC) e Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (SAGICAD);
  • Capacitação de novos multiplicadores para entrevistadores do Cadastro Único;
  • Capacitação do Sistema V7 com a Caixa Econômica. Estas são ações de formações presenciais e remotas ofertadas aos técnicos(as) e gestores(as) do CadÚnico e do PBF para serem habilitados(as) a utilizar corretamente o Sistema V7 e o Sistema de Gestão de Benefícios;
  • Diálogo permanente com as Coordenações Municipais.

A Portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) nº 871, publicada no último dia 29 de março de 2023, regulamenta as ações do Procad SUAS, instituído e aprovado por meio da Resolução MDS/CIT nº 01, de 07 de fevereiro de 2023, da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e Resolução MDS/CNAS nº 96, de 15 de fevereiro de 2023, do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

Além disso, diante do novo cenário que favorece a política de assistência social no país, o planejamento da SETHAS inclui ainda diálogos do Cadastro Único e Programa Bolsa Família com as Secretarias Nacional de Renda de Cidadania (SENARC) e de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (SAGICAD).

De acordo com a subcoordenadora da Vigilância Socioassistencial da SETHAS, Aline Nalon, a portaria 871, completa as portarias anteriores, apresentando o direcionamento quanto os objetivos do Procad, bem como as ações e atividades que podem ser realizadas com recursos destinados aos municípios. Agora, explica ela, é garantido que o repasse irá ocorrer. Com isso, ela ressalta a responsabilidade dos municípios para as respectivas execuções financeiras, reprogramações e prestação de contas de acordo com as normativas.

O que é o ProCad?

O Programa de Fortalecimento Emergencial do Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único da Assistência Social (PROCAD – SUAS) é o recurso utilizado para fortalecer as ações do CadÚnico. “É importante que as coordenações municipais acompanhem os informes compartilhados pela SETHAS com as respectivas orientações para aplicação e prestação de contas desse recurso”, enfatiza a subcoordenadora da Vigilância Socioassistencial.

Aline Nalon destaca que o governo federal programou o depósito das parcelas para o mês de abril. Todos os municípios receberão de acordo com o porte, sendo o valor mínimo de R$12.000,00 e terão acesso ao valor através do Visdata, o Sistema de Gerenciamento e Visualização dos diversos programas, ações e serviços do MDS. O pagamento será em parcela única.

Para execução do recurso, o município precisa elaborar o Plano de Ação e garantir a prestação de contas, seguindo Portaria MDS nº 113, de 10 de dezembro de 2015.

A SETHAS já compartilhou nos grupos oficiais institucionais com as coordenações municipais do CadÚnico e PBF, todos os documentos necessários para o acesso aos recursos disponibilizados pelo Governo Federal. A COGESUAS mantém diálogo permanente com as coordenações municipais. É importante ressaltar que está previsto para ser lançado um manual do Procad, que o Governo está elaborando.

Os entrevistados do Cadastro Único, na hora da entrevista com os requerentes à inclusão nos benefícios federais, assinala Nalon, devem estar atentos ao perfil unipessoal, maior público impactado com as averiguações e encontro de inconsistências.

A Família Unipessoal corresponde às pessoas que se cadastraram como se vivessem sozinhas. Ou seja, era composta por apenas um membro, inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, e que tiveram cadastros incluídos ou atualizados de novembro de 2021 a outubro de 2022, com renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa.

Mudanças

O Novo Programa Bolsa Família dá continuidade à versão original. Retoma estratégias não exigidas durante o Programa Auxílio Brasil quanto às condicionalidades e readequa o cálculo para o benefício de acordo à estrutura familiar beneficiada, explica a subcoordenadora da SETHAS.

A nova estrutura do Cadastro Único tem como foco o Bolsa Família seguindo a garantia de renda para a nova geração famílias beneficiárias.

Foto: Roberta Aline/MDS

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SINTSERP constata inúmeras irregularidades no CRAS Litoral

A direção do SINTSERP realizou uma visita nesta quinta (19) à sede “improvisada” do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) localizada no Litoral (Pium). Isso porque o CRAS Litoral está com o prédio interditado desde fevereiro do ano passado, devido a queda dos tetos das salas em decorrência das fortes chuvas ocorridas no local no período mencionado.

A estrutura do prédio, localizado em Pium, ficou comprometida com as fortes chuvas, sendo necessária a intervenção da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público que indicou a interdição do local com um prazo de 10 dias para que fosse buscado um novo espaço para os servidores continuarem a trabalhar e prestar os serviços de Assistência Social para a comunidade local.

Com a interdição, os equipamentos, materiais e servidores da Assistência Social foram transferidos para um anexo (depósito) do Ginásio Municipal localizado vizinho ao prédio do CRAS, para uma sala destinada apenas a guardar materiais esportivos, haja visto que não há janelas nem ventilação adequada.

Os trabalhadores aderiram a ideia de trabalhar no depósito do Ginásio em virtude da localização (vizinha ao antigo CRAS), como também, confiantes na intervenção do Ministério Público que indicava um prazo máximo de 10 dias para a solução do problema ou apresentação de novo local.

Esses 10 dias transformaram-se em quase um ano e o prédio continua interditado. Ao longo de todo esse período, representantes da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Assistência Social de Parnamirim (SEMAS) informaram vários novos prazos com relação ao início das obras de recuperação do local, adiando por diversas vezes a manutenção do prédio.

A última data de início informada pela SEMAS colocou que em janeiro a reforma seria iniciada. Com o mês quase acabando, dois novos prazos foram informados indicando que em fevereiro e em março serão iniciadas as obras.

Enquanto isso, o trabalho dos profissionais da assistência social foram comprometidos pois estão sendo desenvolvidos em um depósito pequeno, sem ventilação e mofado. Um espaço inadequado que não possibilita que os trabalhadores desenvolvam os programas de assistência com excelência.

Além mais, um local que não conta com banheiros, restando aos trabalhadores utilizarem os banheiros do antigo prédio. Um anexo quente, sem segurança, sem higiene, reduzido, com infiltrações e mofo, sem banheiro, sem divisão de salas o que acaba por comprometer o trabalho da Assistência Social para a comunidade.

Um local sem internet, faltando equipamentos, sem estrutura compatível, vários serviços sem funcionar, sem carro e sem motorista para atendimentos locais. Até os usuários do sistema tem que ficarem do lado de fora do anexo, no sol, pois não há espaço para aguardar seu atendimento dentro do depósito.

A direção do SINTSERP vem buscando o diálogo com a Prefeitura, Secretaria Municipal de Assistência Social de Parnamirim (SEMAS) e Ministério Público a fim de resolver o quanto antes os problemas que afligem o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Litoral, seus profissionais e a comunidade que é atendida por este serviço tão fundamental.

Foto: Arthur Varela

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