13 de novembro de 2024

Parceria Brasil-China inaugura primeira Residência Tecnológica de Mecanização da América Latina em Apodi

Iniciativa busca fortalecer a agricultura familiar no semiárido potiguar por meio de intercâmbio tecnológico

O Governo do Rio Grande do Norte e a Universidade Agrícola da China (CAU) inauguram nesta quarta-feira (13), em Apodi, a primeira Residência Tecnológica de Mecanização da Agricultura Familiar na América Latina. A iniciativa, parte de um acordo de cooperação entre Brasil e China, visa promover a transferência de tecnologias voltadas à agricultura familiar na região semiárida.

A Residência Tecnológica é uma continuidade do projeto iniciado em fevereiro de 2024, quando 29 máquinas agrícolas chinesas foram enviadas a Apodi para serem testadas por agricultores familiares da região. Este projeto é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (SEDRAF) e pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em parceria com a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Cooperativa Xique Xique e Sindicato Rural de Apodi.

A iniciativa é financiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e tem como parceiros internacionais o Consórcio Nordeste, o Instituto Internacional de Inovação de Equipamentos Agrícolas e Agricultura Inteligente (IIIAESA) e a Associação de Fabricantes de Máquinas.

Foto: Sandro Menezes/ASSECOM

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Zenaide relatora: recomendada pelo G20, cota para candidatas mulheres no Legislativo avança no Congresso

Com relatório já aprovado de autoria da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), Procuradora Especial da Mulher no Senado Federal, avança no Congresso brasileiro uma das novas recomendações do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo e do qual o Brasil é participante e atual presidente global. Trata-se de um projeto de lei (PL 763/2021) para instituição de uma reserva mínima de cadeiras para candidatas mulheres em cargos eletivos no Poder Legislativo, visando à adoção de mecanismos que garantam a presença feminina nos espaços decisórios políticos, como as cotas.

O aumento da presença feminina nos locais de poder foi uma das recomendações feitas no documento final do P20, a Declaração Conjunta dos Parlamentos dos países do G20, aprovada na última sexta-feira, em evento internacional realizado no Congresso Nacional, em Brasília.

O projeto relatado por Zenaide já passou na Comissão de Direitos Humanos e estabelece uma reserva para mulheres de 30% das vagas das eleições proporcionais de deputados federais, estaduais e distritais e de vereadores, além de vagas femininas proporcionais a cada renovação de dois terços do Senado. A proposta seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça.

“Precisamos aproveitar as janelas de oportunidade políticas e legislativas para levar a História para o rumo certo, aprovando avanços legislativos e políticas públicas pela equidade de gênero e pela democratização real dos espaços de poder que historicamente e estruturalmente alijaram as mulheres brasileiras. O fato de o Brasil ser líder de um grande bloco de nações poderosas, ocupando atualmente a presidência do G20, fortalece essa agenda, que eu chamo de projeto de país, vislumbrando um futuro com paridade, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e sem essa violência institucional que herdamos em 500 anos de misoginia, machismo e tradições que já foram revistas e superadas pela evolução da humanidade”, sustenta a parlamentar.

Política e iniciativa privada

A 10ª da Cúpula dos presidentes dos Parlamentos do G20 incluiu as recomendações da “Carta de Alagoas”, construída na 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, em julho. Outras proposições sintonizadas com o arcabouço de medidas preconizadas pela cúpula política do G20 também tramitam no Senado estimulando a participação feminina na política, na iniciativa privada e nos demais espaços de poder.

O PLP 112/2021 (Novo Código Eleitoral), por exemplo, prevê a reserva de 20% das vagas legislativas dedicadas a elas, além de garantir inserções nas propagandas políticas e penas de um a três anos de prisão para crimes de violência política de gênero. “Todas as decisões são políticas. É na política, nesse Congresso Nacional, que se define o nosso salário, quantas horas vamos trabalhar, quando vamos nos aposentar. Como Procuradora Especial da Mulher, fazer um chamamento às mulheres desses países. Vamos participar, sim, da política”, frisa a senadora.

Já o PL 1246/2021, também em análise no Senado, estabelece uma cota mínima de 30% de mulheres nos conselhos de administração de empresas públicas, sociedades de economia mista e companhias abertas – e, desse percentual, pelo menos 30% das vagas devem ser preenchidas por mulheres negras ou com deficiência. “Na cúpula das empresas, do serviço público e dos Poderes da República, na universidade, nos centros avançados de ciência, de tecnologia e de educação: lugar de mulher é onde ela quiser estar. Somos mais de 50% da população brasileira, mas imensamente sub-representadas nos Parlamentos, no Poder Executivo, nos partidos políticos”, enfatiza Zenaide.

Nesse sentido, Zenaide ainda destaca a necessidade de pluralizar o acesso a cargos públicos e ao mercado de trabalho nas nações emergentes, unindo em escala federativa União, Estados e Municípios. Para ela, a formulação legislativa só tem efeito, porém, com o repasse obrigatório e permanente de recursos orçamentários para efetivar e endossar essas políticas públicas.

“Um país rico e desenvolvido é um país que valoriza e promove a diversidade de seu povo, que supera preconceitos, que vê na pluralidade um ativo poderoso para ir para frente. Precisamos garantir a diversidade de perspectivas e vivências na construção de soluções para as demandas sociais, econômicas, ambientais, políticas. O debate democrático não exclui: compartilha contribuições para a representatividade equânime de sua população no sistema de governança pública”, salienta a senadora.

O que é o G20?

Criado em 1999 em resposta à crise financeira global, o G20 é um fórum de cooperação econômica internacional que tem como objetivo debater temas para o fortalecimento da economia internacional e desenvolvimento socioeconômico global. Desempenha um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas internacionais.

Quais países fazem parte do G20?

África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Africana e da União Europeia. Ademais, países e organizações internacionais convidadas pelo anfitrião também participam do G20

Quem preside o G20?

O G20 conta com presidências rotativas anuais. O Brasil exerce a presidência do G20 de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. Durante a presidência brasileira, o país trabalha em estreita colaboração com a Índia (Presidência de 2023) e a África do Sul (Presidência de 2025).

Os assuntos prioritários estabelecidos pelo governo brasileiro são combate à fome, pobreza e desigualdade, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global. Ao longo do ano, devem ser realizadas mais de 100 reuniões de trabalho e forças-tarefas que compõe o G20. A finalidade é descentralizar as atividades, transformando o G20 num fórum mais acessível e representativo. A sociedade civil também participa do G20 em 12 grupos de engajamento envolvendo sociedades dos países para uma Cúpula Social.

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Auditores Fiscais do RN Defendem Reajuste do ICMS para Recuperação Econômica do Estado

Em um cenário de crescente desequilíbrio fiscal, o Sindicato dos Auditores Fiscais do Rio Grande do Norte (SINDIFERN) emitiu uma nota pública destacando a urgência da recomposição da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) para 20%. A medida é vista como essencial para a recuperação econômica do estado, que atualmente enfrenta sérias dificuldades financeiras.

Segundo o SINDIFERN, o Rio Grande do Norte tem lutado há anos para equilibrar suas contas públicas. A receita do estado tem sido consistentemente menor que as despesas, resultando em atrasos salariais, precariedade nos serviços públicos, e uma paralisação nos investimentos. Apesar dos esforços contínuos dos governos e do fisco para atrair novos investimentos e aumentar as receitas, o estado continua atrás dos demais da Região Nordeste.

A situação foi agravada pelas Leis Complementares 192/22 e 194/22, que reduziram as alíquotas sobre combustíveis, energia e telecomunicações, causando um impacto negativo significativo na arrecadação estadual. Essas perdas de receita contribuíram para um desequilíbrio fiscal e socioeconômico, tornando a recomposição das receitas com a alíquota de 20% uma necessidade urgente para a recuperação do estado.

Atualmente, o Rio Grande do Norte possui a menor alíquota da região, fixada em 18%. Em um estado já marcado pela pobreza e baixa capacidade de investimento, essa redução coloca o RN em uma situação dramática. Além disso, os consumidores que compram pela internet não conseguem um desconto maior, mesmo com a alíquota reduzida, pois os 2% restantes vão para outros estados onde as empresas continuam pagando mais ICMS. O prejuízo, nesse caso, recai exclusivamente sobre o RN.

O SINDIFERN enfatiza que a recomposição da alíquota é crucial não apenas para equilibrar as finanças estaduais, mas também para garantir a continuidade dos serviços públicos e a implementação de políticas de desenvolvimento econômico. A entidade apela para que a sociedade norte-rio-grandense compreenda a necessidade dessa medida e apoie os esforços para a recuperação fiscal do estado.

Com a proposta de aumento da alíquota para 20%, o governo do RN espera não apenas estabilizar suas finanças, mas também criar um ambiente mais favorável para investimentos futuros, garantindo um desenvolvimento sustentável e equilibrado para todos os cidadãos.

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